"O silêncio sobre Minas foi rompido. O silêncio,agora, é Aécio". (Fernando Brito)
Estamos assistindo nessas últimas semanas uma das mais graves
e comprovadas denúncia contra um candidato a Presidente da República. Trata-se
do envolvimento do ex-governador Aécio Neves, nas polêmicas e suspeitas
construções de Aeroportos com dinheiro público em cidades que não justificam
tais obras.
A primeira denúncia, por incrível que
pareça, foi veiculada pelo Jornal “Folha de São Paulo” (FSP), declaradamente,
“Tucano”. A matéria assinada pelo jornalista Lucas Ferraz, afirma que Aécio
Neves, no fim do seu segundo mandato como Governador, gastou quase R$ 14
milhões para construir um aeroporto na Fazenda de Múcio Tolentino, tio do
ex-governador. A propriedade, já desapropriada, está localizada na cidade de
Cláudio/MG, mas, o aeródromo é administrado por familiares de Aécio.
Segundo se noticiou, além do custo final
de R$ 14 milhões do aeroporto, o Estado pretendia indenizar Múcio Tolentino com
o valor de R$ 1,0 milhão pela desapropriação do terreno, porém, esse valor foi
recusado por Múcio, talvez por achar que fosse irrisório, e parece que ele
acertou, pois, consta na Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2015, pag. 215, a
seguinte previsão: “Ação n.º0166.08.0188732– Ação de desapropriação para
implantação do aeródromo do Município de Cláudio: R$ 20.587.174,50 - Probabilidade de
perda: Possível - Forma de Pagamento: Precatório”.
O “campo de aviação” – como nós mineiros falamos - tem o nome de "Aeroporto Deputado Oswaldo Tolentino”, tio-avô do candidato Tucano. Esse aeroporto, por mera “coincidência”, fica distante apenas 6 Km da Fazenda de 200 hectares, que o próprio Aécio Neves, chama de “Palácio de Versalhes”.
Aliás, outra
coincidência nesse caso: segundo o jornal "Estadão" a empresa
"Vilasa Construções Ltda", que construiu o aeroporto em Cláudio, fez
doações de campanha eleitoral para Aécio Neves e Anastasia, somando um total de
R$ 87 mil reais.
A propósito, parece que esse negócio de
misturar o público com o privado, especialmente, quando se trata de construções
de aeroportos é hereditário. De acordo com outras matérias, Tancredo Neves, avô
de Aécio, quando Governador de Minas, liberou verba do Estado para o próprio Múcio
Tolontino, então Prefeito de Cláudio, construir, em suas terras um aeroporto de
terra batida. O valor da obra, corrigido pelo IGP-DI de hoje, custou aos cofres
públicos R$ 745 mil o que, convenhamos, é um absurdo para uma simples pista de
terra.
Mas se não bastasse à escandalosa
construção do aeroporto de Cláudio, Aécio Neves construiu um aeroporto com
pista asfáltica na bucólica cidade de Montezuma, com apenas 7.500
habitantes, localizada no Norte de Minas. Essa é outra obra que leva os
contribuintes mineiros a perguntar: Por que o ex-governador construiu esse
aeroporto? Foi o potencial econômico ou turístico dessa cidadezinha? Claro que
não! Aqui mais uma vez parece que o interesse particular prevaleceu sobre o
público, pois, coincidentemente, Aécio é dono de uma propriedade rural
denominada “Perfil Agropecuária”, localizada nesse município.
Portanto, essa deve ser a provável justificativa para tal empreendimento.
A propósito, foi divulgado, também, que dos 14 aeroportos previstos no Programa
"ProAero", criado por Aécio, somente dois saíram do papel: o Regional
da Zona da Mata e o de Cláudio.
Sem dúvida são casos gravíssimos! Porém,
outro fato nos intriga: o que levou a FSP a divulgar essa matéria? No nosso
modesto entendimento o intuito do jornal foi ganhar credibilidade e tentar mostrar
sua independência, para na hora certa, detonar a candidata Dilma Rousseff com
factoides de difíceis defesas junto à população. Afora isso, só há outra
explicação: fogo amigo!
Assim, e mesmo entendendo que essa
notícia pode mesmo fazer parte de uma estratégia da oposição/mídia, não há como
negar que a sacrossanta imagem de Aécio Neves foi terrivelmente abalada,
podendo, inclusive, colocar fim à sua candidatura caso os órgãos competentes
cumprirem suas atribuições de investigar de forma firme esse verdadeiro
surrupio aos cofres públicos. É esperar para ver!
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