Respeitem Lula!

"A classe pobre é pobre. A classe média é média. A classe alta é mídia". Murílio Leal Antes que algum apressado diga que o título deste texto é plágio do artigo escrito por Ricardo Noblat (...)

A farsa do "Choque de Gestão" de Aécio "Never"

“Veja” abaixo a farsa que foi o famoso “Choque de Gestão” na administração do ex-governador Aécio “Never" (...)

A MAIS TRADICIONAL E IMPORTANTE FACULDADE DE DIREITO DO BRASIL HOMENAGEIA O MINISTRO LEWANDWSKI

"O Ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski recebeu um “voto de solidariedade” da Faculdade de Direito da USP (Universidade de São Paulo) pela “dedicação, independência e imparcialidade” em sua atuação na corte. (...)

NOVA CLASSE "C"

Tendo em vista a importância do tema, reproduzimos post do sitio "Conversa Afiada" que reproduz trecho da entrevista que Renato Meirelles deu a Kennedy Alencar na RedeTV, que trata da impressionante expansão da classe média brasileira. (...)

quarta-feira, 27 de junho de 2018

STF: DE GUARDIÃO A VIOLENTADOR DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL



Transcrevemos do site da revista Carta Capital a esclarecedora, corajosa e fundamentada entrevista do brilhante jurista Lenio Streck


  

Após suspender o julgamento de um pedido de liberdade de Lula, marcado para esta terça-feira 26, Edson Fachin não reconsiderou a decisão, como solicitou a defesa do ex-presidente. Em resposta a um novo recurso do petista, o ministro, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, remeteu o caso para a análise do plenário da Corte.

Com a decisão de Fachin, que deu um prazo de 15 dias para a Procuradoria-Geral da República se manifestar, o julgamento do pedido de Lula deve ficar para agosto. Em julho, a Corte entra em recesso. Após a retomada das atividades, caberá à ministra Cármen Lúcia, presidente do STF, incluir (ou não) o caso na pauta do plenário.

A suspensão do julgamento do recurso pela Segunda Turma do STF ocorreu menos de uma hora após a vice-presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, desembargadora Fátima Labarrère, admitir a subida de um recurso especial de Lula ao Superior Tribunal de Justiça, mas negar admissibilidade do recurso ao STF.

Em manifesto, um grupo de 250 juristas e advogados qualificaram a decisão de Fachin como uma “manobra regimental”, que posterga uma decisão sobre a liberdade e as garantias fundamentais não apenas do ex-presidente, mas também de “milhares de encarcerados no Brasil”.

Em entrevista a CartaCapital, o advogado Lenio Luiz Streck, professor de Direito Constitucional da Unisinos e pós-doutor pela Universidade de Lisboa, um dos signatários do manifesto, afirma que o fato de o TRF da 4ª Região não conceder juízo de admissibilidade do recurso não impedia a análise do pedido de Lula. Além disso, segundo o especialista, caberia à Segunda Turma do STF julgar o caso, e não o plenário da Corte.

Procurador de Justiça aposentado do Rio Grande do Sul, Streck lamenta, ainda, a recusa da presidente do Supremo, Cármen Lúcia, em colocar em pauta três Ações Declaratórias de Constitucionalidade sobre a execução da pena após condenação em segunda instância. “O problema no Brasil é que prevaleceu a tese de que o Direito é o que os tribunais dizem que é”, lamenta. “Logo, o Direito vale menos do que aquilo dito pelo Judiciário. Por isso, afirmo que, hoje, defender a legalidade no Brasil é um ato revolucionário”.

CartaCapital: Por que a decisão do ministro Fachin, de adiar o julgamento do recurso do ex-presidente Lula, representa uma "manobra regimental”?

Lenio Streck: O fato de o TRF da 4ª Região não conceder juízo de admissibilidade ao Recurso Extraordinário não impede que o pedido de Lula pudesse ser apreciado. Tanto é verdade que ele mesmo, o ministro Fachin, voltou atrás e, agora, manda o pedido de Lula ao plenário do STF.
Ainda assim, não se resolve o problema, uma vez que a Segunda Turma é competente para julgar o caso, e não o plenário. Fachin repete o que fizera no caso do habeas corpus pedido pelo ex-presidente. Mandou para o plenário quando não era o caso.

CC: Em que medida essas manobras de prazos e procedimentos violam direitos fundamentais do ex-presidente e podem prejudicar "milhares de encarcerados no Brasil"?

LS: Tudo está relacionado umbilicalmente com a “questão da presunção da inocência”, a depender de três Ações Declaratórias de Constitucionalidade (ADCs) que estão para ser julgadas e dependem do poder discricionário da presidente do STF, ministra Cármen Lúcia. Tivesse o STF julgado, no mínimo, a ADC 54, estaria claro que a prisão em segunda instância não é automática. Simples assim. Só há dois votos pela automaticidade, dos ministros Luís Roberto Barroso e Luiz Fux. Logo, todas as prisões automáticas de réus condenados em segundo grau, entre eles Lula, são ilegais e inconstitucionais.

CC: Há tempos, o ministro Marco Aurélio Mello se queixa da atuação da presidente do STF, que se nega a pautar ações que discutem a constitucionalidade da execução da pena antes do trânsito em julgado. Em entrevistas recentes, disse que a prisão de Lula é ilegal, além de criticar a recusa da colega em pautar o tema. Como o senhor avalia o imbróglio?

LS: O poder discricionário que detém a ministra Cármen Lúcia é inconstitucional. O Regimento Interno da Corte fere a Constituição. Em nenhum lugar do mundo, o presidente da Suprema Corte detém esse poder de colocar em pauta um processo. Ora, uma Ação Declaratória de Constitucionalidade é, em si mesma, um preceito fundamental. Logo, ao não colocar em pauta essa ADC, bem como as outras demais, a Presidência do STF viola um preceito fundamental..Cabe uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental contra a omissão dela. O ministro Marco Aurélio diz que a prisão de Lula é ilegal porque, no julgamento do habeas corpus do ex-presidente, não foi julgada a questão principal que deveria anteceder o HC: as ADCs 43 e 44, que tratam da execução da pena após condenação em segunda instância (naquele momento ainda não havia a ADC 54).

CC: Na avaliação do senhor, o Judiciário tem se movido por interesses políticos nos casos que envolvem réus da Lava Jato?

LS: O Judiciário brasileiro tem se notabilizado por seu protagonismo. E, nesse ponto, o Direito vem sendo substituído por juízos morais e políticos dos julgadores. Com isso, a Constituição vale menos do que a opinião de um ministro ou de um juiz. Ou de um integrante do Ministério Público Federal. Há anos alerto para o fato de que, em uma democracia, o Direito deve prevalecer sobre as opiniões e apreciações subjetivistas. Chegamos ao ponto em que o ministro Barroso defende que, entre a voz das ruas e a voz da Constituição, o STF deve ficar com a voz das ruas. Diz também que o STF deve ser a vanguarda iluminista do País. Isso é inusitado. Os maiores constitucionalistas do mundo discordam dessa tese. O problema no Brasil é que prevaleceu a tese de que o Direito é o que os tribunais dizem que é. Logo, o Direito vale menos do que aquilo dito pelo Judiciário. Por isso, afirmo que, hoje, defender a legalidade no Brasil é um ato revolucionário.

Fonte:https://www.cartacapital.com.br/politica/201co-direito-vem-sendo-substituido-por-juizos-politicos-dos-julgadores201d




OS GOLPITAS ESTÃO TRANSFORMANDO O BRASIL EM COLÔNIA


Transcrevemos do jornal Folha de São Paulo o preciso e fundamentado texto do ministro do STF Ricardo Lewandowski

Soberania nacional e ativos estratégicos

A Constituição vigente, logo no artigo 1º, consigna que o principal fundamento da República Federativa do Brasil é a soberania.

Trata-se de conceito desenvolvido de forma pioneira pelo jurista francês Jean Bodin (1530-1596), no século 16, que serviu de base para a consolidação dos Estados nacionais então nascentes.

Segundo Bodin, a soberania constitui um poder que não conhece outro superior no plano internacional, nem igual na ordem interna. O conceito foi desenvolvido originalmente para legitimar o poder dos monarcas absolutistas na Europa, correspondendo hoje à expressão da vontade do povo, vocalizada por meio de representantes eleitos ou, diretamente, mediante determinados mecanismos, como plebiscitos e referendos.

A soberania é, por definição, um poder incontrastável que só encontra limites na lei. No domínio externo é sinônimo de independência; na esfera doméstica equivale a supremacia. Segundo os teóricos, trata-se de um elemento essencial do Estado, sem o qual ele não sobrevive. Se vier a perdê-la ou, de alguma forma, permitir que fique esvaziada, deixará de ser um ente político autônomo, passando à condição subalterna de mera colônia de outra potestade. 

Mas a existência do Estado —identificado como o monstro bíblico Leviatã por Thomas Hobbes (1588-1679)— só se justifica na medida em que seu enorme poder seja empregado em prol do bem comum do povo, que vive sob sua proteção, em uma dada extensão de terra na superfície do planeta.

O domínio que o Estado exerce sobre o seu território não se limita apenas ao solo propriamente dito, mas abarca também o subsolo, além de compreender o espaço aéreo e o denominado mar territorial, incluindo ainda todos os bens que neles se encontram.

Alguns desses bens são de caráter estratégico, essenciais para a própria sobrevivência do Estado, enquanto entidade soberana, a exemplo da fauna, da flora —especialmente da biodiversidade que abrigam—, das terras agricultáveis, das jazidas minerais, dos mananciais de água e dos potenciais energéticos.

A transferência do controle desses recursos a estrangeiros ou mesmo a nacionais, sem garantias sólidas de que sejam rigorosamente empregados em prol do interesse coletivo, acaba por minar os próprios fundamentos da soberania, não raro de forma irreversível.

Internacionalizar ou privatizar ativos estratégicos não se reduz apenas a uma mera opção governamental, de caráter contingente, ditada por escolhas circunstanciais de ordem pragmática. Constitui uma decisão que se projeta no tempo, configurando verdadeira política de Estado, a qual, por isso mesmo, deve ser precedida de muita reflexão e amplo debate, pois suas consequências têm o condão de afetar o bem-estar das gerações presentes e até a própria sobrevivência das vindouras.

Ricardo Lewandowski
Ministro do Supremo Tribunal Federal e professor titular de teoria do Estado da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo


segunda-feira, 25 de junho de 2018

quarta-feira, 20 de junho de 2018

A FARSA DOS EUA NA DEFESA DOS DIREITOS HUMANOS


Por: Odilon de Mattos Filho
É de conhecimento até do mundo mineral, como diria o brilhante jornalista Mino Carta que os EUA se alto intitulam tutores do mundo. Neste contexto, anualmente o Departamento de Estado Norte-americano divulga relatório apontando e acusando os países violadores dos direitos humanos e como punição a esses países os EUA sugerem ou agem com embargos econômicos ou até mesmo com o uso da força militar contra essas nações acusadas de infligirem os direitos humanos. Geralmente os acusados são países ricos em recursos naturais ou são estratégicos geograficamente, mas, que não se alinham ou não se submetem às políticas impostas pelo império ianque e por essa razão são atacados.

Evidente que essa imposição de força que hoje exerce os EUA sem quase nenhuma oposição só foi possível com o fim da guerra fria advinda com a malfadada política da “Perestroika” vendida como reestruturação da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), implantada pelo governo de Gorbachev em 1985. 



Com o visível enfraquecimento da antiga URSS que passou a ser a Rússia, os EUA perceberam que essa seria a grande oportunidade de implantar um novo modelo de colonialismo e exploração de outros países de seu interesse comercial, estratégico ou financeiro e para tanto, utiliza-se, dentre outras estratégias, o álibi das violações dos direitos humanos. 

Aliás, essa questão dos direitos humanos é um tema que domina o cenário mundial, mas, é cercado pela hipocrisia e pela covardia da ONU e do próprio EUA. Um exemplo emblemático são os sistemáticos, covardes e criminosos ataques de Israel ao povo Palestino. Jamais a ONU impôs qualquer sanção contra Israel e por sua vez, os norte-americanos jamais votaram contra Israel no Conselho de Segurança da ONU e isso é muito fácil de explicar: a vida econômica e financeira dos estadunidenses está nas mãos dos judeus que aplicam fortunas nos EUA, especialmente, nas mais poderosas armas de propaganda dos Ianques que são a indústria cinematográfica, leia-se Hollywood e Estúdios Disney e nos meios de comunicação. A propósito, esse domínio financeiro dos judeus ocorre mundo afora com práticas controladora, escravizadora e corrupta.

Além da defesa de Israel, um país reconhecidamente violador dos direitos humanos, os EUA são os que mais infringem esses direitos dentro e fora de seu país.

Fora de suas fronteiras os EUA são contumazes na espionagem mundial como arma de chantagem. Eles vigiam governos, exércitos, empresas e sistemas financeiros de diferentes países, além de serem os autores intelectuais e material de intervenções em vários países de seu interesse econômico ou estratégico. A espionagem da Petrobras e da própria Presidenta Dilma e o apoio ao golpe político/jurídico/midiático são exemplos dessas praticas por parte dos imperialistas. Isso sem contar as invasões e intervenções em países como o Iraque, Paquistão, Iêmen, Somália, Granada, Panamá, Iugoslávia, Afeganistão, Sudão, etc. Aqui a autodeterminação dos povos é letra morta na Declaração das Nações Unidas.

Não podemos nos esquecer, também, do mais terrível e abjeto presidio da Baía de Guantánamo, que mais parece um campo de concentração onde os prisioneiros são tratados como verdadeiros animais sem qualquer oposição da comunidade internacional, em especial, da ONU.

Não obstante essas barbáries, vale destacar que os EUA estão numa seleta lista de países que se recusaram a assinar ou firmar vários tratados internacionais na área dos Direitos Humanos, como por exemplo, os convênios contra os crimes de guerra e de lesa humanidade, a convenção sobre a eliminação de todas as formas de discriminação contra a mulher, a convenção sobre os direitos das crianças ou contra a prostituição e pornografia infantil, o convênio relativo à liberdade sindical, negociação coletiva e idade mínima para emprego, a convenção sobre o direito de pessoas com deficiência, o Protocolo do Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos destinado a abolir a pena de morte, o convênio para a repressão do tráfico de pessoas e de exploração de prostituição e tantos outros protocolos e convenções internacionais que não foram assinados ou ratificados pelos EUA.

Já no campo interno, as violações são constantes. Segundo o site do Instituto de Estudos Latino-Americano (IELA) da UFSC morrem “anualmente nos EUA, por causa de armas de fogo, perto de 11.000 pessoas. Segundo o FBI, em 2013 foram usadas armas de fogo em 63,3% dos assassinatos, nos 41% dos roubos e em 21,8% das agressões graves1”. 

Nos últimos anos os afros-americanos têm sido vítimas frequentes de assassinatos raciais, tanto, que há sempre uma grande mobilização de pessoas públicas, como, por exemplo, atletas da NBA que denunciam essas práticas racistas contra o próprio povo estadunidense e contra os irmãos afrodescendentes de outros países que vivem nos EUA. É gritante como o racismo e a xenofobia estão entranhados no seio de grande parte dos estadunidenses, em especial dos políticos do Partido Republicano.

As prisões, também, são locais constantes de casos de violações dos direitos humanos nos EUA. De acordo com o IELA nos “Estados Unidos é de uso corrente o confinamento solitário nas prisões. Hoje, mais de 80.000 pessoas estão presas em regime de isolamento, em calabouços pobres de ventilação, sem luz natural, definhando as vidas física e psicologicamente. Alguns prisioneiros estão nessa situação há 40 anos, conforme relata o Registro de Direitos Humanos nos Estados Unidos, publicado pela China em 2013...De acordo com esse documento, os Estados Unidos é uma das nações que menos garante a vida, a propriedade e a segurança pessoal de seus habitantes, já que a cada ano, uma em cada cinco pessoas é vítima de algum crime, a taxa mais alta do planeta2”.

Ainda dentro de suas fronteiras os EUA cometem violações aos direitos dos seus próprios cidadãos que são diariamente vigiados por programas como Prism ou Xkeyscre, por meio dos celulares, e-mail e até pelas chamadas de telefone efetuadas pelo cidadão. Além dessa vigia, a liberdade de manifestação nos EUA sofre restrições, como por exemplo, se um cidadão ameaçar o presidente da republica nas redes sociais é imediatamente preso. 

E parece que agora os EUA sob a presidência deste louco chamado Donald John Trump um empresário que segundo a revista “Forbes” tem um patrimônio calculado em mais de 3,1 bilhões de dólares, essa politica sistemática de violações de direitos humanos vai recrudescer, ainda mais. 

Ganhou manchete mundo afora a obstinada e abjeta política de combate à imigração proposta pelo governo Trump, denominada “tolerância zero”. Essa política chegou a um ponto inimaginável. Segundo matéria dos jornalistas Bruno Falci e Maíra Santafé, no site Jornalistas Livres, “quase duas mil crianças latino-americanas foram separadas dos seus pais e enjauladas em uma espécie de campo de concentração. Durante dias foram proibidas as visitas de jornalistas. Mantiveram essas crianças em completo isolamento, sujeitas a abusos de autoridades fronteiriças”. E a preocupação sobre esses abusos, realmente, se justifica. De acordo com a agência ProPublica foi vazado um áudio do interior das prisões onde se encontram as crianças, no qual se escuta muito choro vindo do(a)s pequenino(a)s e um agente em tom de zombaria e sarcasmo dizendo “temos uma orquestra por aqui. Só falta o maestro3”. 

Aliás, esse crime contra essas crianças não é novidade, afinal, como afirmamos acima os EUA foi o único país que não ratificou a convenção dos direitos das crianças e contra a prostituição e pornografia infantil. 

O mundo está perplexo com essa extremada e criminosa medida do governo Trump. O Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos, Zeid Ra’ad al-Hussein indignado com essa barbárie disse: "Pensar que um Estado busca dissuadir os pais infligindo tal abuso às crianças é inadmissível” e citando a Associação Americana de Pediatria, disse que esse "abuso a menores permitido pelo governo pode provocar danos irreparáveis, com consequências pelo resto da vida dessas crianças4". 

Já o secretário-geral do Conselho da Europa, Thorbjorn Jagland em tom ameaçador disse: "O que acontece na fronteira (americana-mexicana), onde as crianças são separadas de seus pais, é um sinal de que ele [Trump] não é mais líder moral de seu país ou do planeta...Tudo o que faz o exclui do papel que os presidentes americanos sempre tiveram. Ele não pode mais falar em nome do que se chama mundo livre5".

Portanto, não paira dúvida de que essa última política do governo dos EUA sobre as imigrações atingiu o ápice da insensibilidade, do ódio e da crueldade e malgrado as manifestações quase que isoladas de autoridades transnacionais, o momento exige, independentemente de ser revogado o Decreto, uma medida concreta dos organismos internacionais para impor punições e coibir essa barbárie cometida pela Nação dita mais poderosa do mundo, mas, que ao mesmo tempo é a mais violenta, farsante e violadora do direitos humanos no planeta terra.


  



















1 Fonte: http://www.iela.ufsc.br/noticia/estados-unidos-%C3%A9-o-maior-violador-de-direitos-humanos-do-mundo
2 Fonte: http://www.iela.ufsc.br/noticia/estados-unidos-%C3%A9-o-maior-violador-de-direitos-humanos-do-mundo
 3 Fonte: https://jornalistaslivres.org/politica-de-trump-separa-criancas-dos-pais-e-as-mantem-em-jaulas/

terça-feira, 19 de junho de 2018

PRESIDENTA DILMA PARTICIPA, EM JUIZ DE FORA, DO LANÇAMENTO DAS PRÉ-CANDIDATURAS DE MARGARIDA SALOMÃO E BETÃO

Por: Odilon de Mattos Filho
Dia 15 de Junho de 2018, às 19 horas, foi realizado no “Ritz Hotel” em Juiz de Fora o lançamento das pré-candidaturas dos PTistas Margarida Salomão para reeleição de Deputada Federal e do Vereador Betão para Deputado Estadual. O evento contou com a participação especial  da Presidenta Dilma Rousseff, do Presidente do PT de Juiz Fora, da Presidenta do PT do Estado de Minas Gerais, de Prefeitos, Vereadores, Secretários Municipais, representantes de Movimentos Sociais,  filiados e simpatizantes do Partido dos Trabalhadores .

Segundo os organizadores, estiveram presentes no evento mais de mil pessoas que ficaram divididas em três espaços: um com as presenças dos pré-candidatos, convidados e inscritos e nos outros dois espaços companheiro(a)s que não conseguiram se inscrever, mas, que compareceram para participarem do evento, estes puderam acompanhar a grande festa por meio de telões.

Os pré-candidatos e a Presidenta Dilma Rousseff reafirmaram a candidatura do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva para eleições de 2018 e fizeram uma narrativa do golpe político/jurídico/midiático e os seus desdobramentos.

Este blogueiro e Ptista estava presente ao evento acompanhado  do seu filho Mateus Mattos do Movimento Juventude e Revolução da UFJF, sua namorada Angélica, sua amiga Aline e dos companheiros andrelandenses e Petistas, Eustáquio Weber e sua esposa Olga Salgado. Outros dois andrelandenses estiveram presentes: Helena Almeida, o prefeito Francisco Carlos Rivelli e sua esposa Carla Rivelli. Segundo informação do próprio Prefeito (PV), a sua presença foi para prestigiar a deputada Margarida Salomão. 

O evento foi uma belíssima festa da democracia e demonstrou, uma vez mais, a grande força do Partido dos Trabalhadores e de sua militância. #Lula livre e Lula Presidente!


















sexta-feira, 15 de junho de 2018

HÁ SALVAÇÃO PARA O SISTEMA JUDICIÁRIO DO BRASIL?


Trascrevemos da fanpage do facebook do brilhante jurista Afrânio Silva Jardim um conciso e preciso texto de sua autoria: 

É O MÍNIMO QUE SE PODE ESPERAR DA NOSSA MAGISTRATURA …

Se os magistrados não tiverem seriedade de propósitos, honestidade intelectual e comprometimento com os valores do humanismo e da justiça social, nós não teremos jamais segurança alguma em relação aos nossos direitos e em relação à nossa liberdade.

É impossível compatibilizar o Estado Democrático de Direito, prometido expressamente em nossa Constituição da República, com um Poder Judiciário punitivista, ativista, que “flexibiliza” direitos fundamentais e sociais elencados na Constituição.

É impossível compatibilizar o Estado Democrático de Direito com um Poder Judiciário que assume um “lado” ideológico em nossa sociedade.

É impossível compatibilizar o Estado Democrático de Direito com um Poder Judiciário que se “irmana” com a Polícia e o Ministério Público para “combater” a criminalidade. Vale dizer, magistrados que previamente desejam punir seus futuros réus.

É impossível compatibilizar o Estado Democrático de Direito com um Poder Judiciário composto por magistrados sem cultura geral e sem estudo sistemático das melhores obras jurídicas.

Não atende aos anseios de uma sociedade, que se deseja justa e solidária, um sistema de justiça no qual a maioria dos magistrados se limita a copiar, via computador, decisões anteriores e súmulas dos tribunais superiores.

Tudo dito acima, quando couber a analogia, vale também para o Ministério Público, de uma forma geral.

Acho que precisaremos esperar algumas gerações para mudar este lamentável estado de coisas.

Mesmo assim, tal desejada mudança só poderá ocorrer se houver uma verdadeira democratização da grande imprensa.

É o que aguardam os meus netos !!!


quinta-feira, 14 de junho de 2018

A MÍDIA NÃO TOLERA E NÃO PERDOA QUEM DEFENDE E LUTA PELOS POBRES E EXCLUÍDOS



Por mais uma vez a “mídia nativa” tenta envolver o presidente Lula numa armadilha e desta feita os barões da mídia foram muito longe, envolveram, nada mais, nada menos, que a figura do Papa Francisco que enviou ao preso político Luiz Inácio Lula da Silva um Terço para suas orações no cárcere. 

Mas, realmente, toda maldade que se faz, uma hora ou outra, se volta contra o malfeitor e a prova dessa assertiva foi a maior barrigada que a mídia cometeu neste ano ao dar crédito apenas a uma fonte, neste caso a “Agência Lupa” que classificou como falsa as notícias sobre um terço que o Papa Francisco teria enviado a Lula através de Juan Gabrois, Consultor do Papa Francisco. 

Mas, não passou dois dias e a verdade foi restabelecida com uma Nota do site “Vatican News” e pelo próprio Juan Gabrois, ambos confirmando o presente do Sumo Pontífice ao presidente Lula. 

Abaixo a Nota do "Vaticano News" e a carta de Juan Gabrois dirigida ao preso político, presidente Lula: 

“Cidade do Vaticano 

Corrigindo um nosso serviço precedente sobre o caso Grabois-Lula, devemos ressaltar que havia imprecisões na tradução e nas transcrições que induziram a alguns erros. Abaixo apresentamos a notícia correta. 

O advogado argentino Juan Gabrois é Consultor do ex-Pontifício Conselho Justiça e Paz, que passou a fazer parte do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, e é o coordenador do encontro mundial dos movimentos sociais em diálogo com o Papa Francisco. 

Grabois concedeu uma entrevista (https://youtu.be/A7F-C1Bi5Q0) depois de ter sido impedido de visitar o ex-presidente Lula no Cárcere de Curitiba, onde está detido há mais de dois meses. Grabois definiu inexplicável a rejeição de não ter podido se encontrar com Lula a quem queria levar um Terço abençoado pelo Papa, as palavras do Santo Padre e as suas reflexões com os movimentos sociais e discutir assuntos espirituais com o ex-chefe de Estado. 

Grabois disse que está muito preocupado com a situação política no Brasil e em vários países da América Latina. Enfim, disse estar muito triste pela proibição de realizar esta visita, mas que o importante é ter conseguido levar a Lula o Terço.”



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Carta de Juan Gabrois


“Querido Lula, 

Ontem deixei o Brasil muito angustiado. Como você sabe, eles me impediram de visitá-lo de maneira injustificada, arbitrária e descortês. Em seguida, visitei meus irmãos e irmãs catadores, carroceiros, camponeses, favelados, professores, funcionários públicos, trabalhadores e membros de várias comunidades pastorais. Pude sentir a dor do teu povo, compartilhar sua impotência diante da injustiça, sua raiva pela perseguição de seu dirigente máximo. Também notei a enorme deterioração institucional, social e política sofrida pelo Brasil por causa da ambição de uns poucos que concentram o poder e impedem que as diferenças sejam resolvidas no marco da democracia. 

O gole mais amargo, no entanto, estava me esperando no aeroporto de Curitiba. Lá soube que você foi atacado novamente pela mídia de massa e nas redes sociais. Eles alegaram que você mentiu sobre o Rosário enviado pelo Papa Francisco. Então você, preso e incomunicável, também mente! Com espanto, vi que seus inquisidores indicaram que a fonte de sua calúnia era o próprio Vaticano. Minha maior surpresa foi quando eu confirmei que em um site chamado Vatican News eles publicaram um texto agressivo em português, cheio de imprecisões e erros de redação. 

A comunicação dessa página não pode ser considerada oficial, mas, de fato, é um site dependente da Secretaria de Comunicação do Vaticano. Durante a leitura, não pude deixar de ficar espantado. Obviamente, um redator desse site, sabe Deus com que intenção ou a pedido de quem, queria causar um rebuliço e conseguiu. 

Quando eu pude reclamar com os superiores, a nota foi removida do site e substituída por uma adequada (https://www.vaticannews.va/…/precisacao-sobre-caso-grabois-…), mas o dano já estava feito. Infelizmente, a mídia que disseminou a suposta negação do Vaticano ao paroxismo não reproduziu a nova nota com a informação correta. Será que vivemos na era pós-verdade. 

Nunca revelei o conteúdo de um encontro com o Papa Francisco porque sou leal, o respeito e admiro muito. Além disso, sei que o seu apoio aos movimentos sociais e aos pobres lhe traz mais de uma dor de cabeça. Como você sabe, ele também sofre o ataque sistemático dos fariseus e herodianos de nossos tempos. No entanto, tendo em conta as circunstâncias, sinto-me obrigado a dizer-lhe como foram as coisas. 

Em meados de maio estive no Vaticano para visitar Francisco, que me honra com uma amizade que não mereço, ama a Grande Pátria e – como ele próprio indicou – está preocupado com a situação atual. Como você sabe, isto é muito claro e frontal, ele não precisa de porta-vozes e nunca pretendi ser um. Sofro muito quando a mídia me coloca nesse lugar. Eu apenas tento ajudar no diálogo com os movimentos sociais, algo que tenho feito desde que nos conhecemos em Buenos Aires, há mais de dez anos, lutando por uma sociedade sem escravos ou excluídos. Atualmente, colaboro com el Dicasterio para a Promoção do Desenvolvimento Humano Integral, presidido pelo Cardeal Peter Turkson, com quem organizamos os três Encontros Mundiais de Movimentos Populares e outras atividades para promover o acesso à terra, ao teto e ao trabalho como direitos essenciais. 

Naqueles dias de maio, meus amigos dos movimentos populares no Brasil me ofereceram a possibilidade de visitar-te. Fiquei muito feliz porque admiro o que você fez como presidente dos mais pobres e tenho certeza de que você é objeto de perseguição política, assim como Nelson Mandela e muitos outros líderes políticos da história recente. 

Aproveitei, então, a visita ao Vaticano para conversar com o Papa sobre a situação e pedir-lhe um rosário abençoado para levá-lo. Assim foi. É incrível que um gesto tão simples de solidariedade e proximidade do Papa, um objeto que serve para orar, gere tantos problemas, mas não é a primeira vez e o Vatican News é responsável por ter permitido que uma nota inadequada e não profissional fosse publicada. Seu responsável me pediu perdão e eu o perdoo porque todos nós podemos cometer erros. Mas também sei que um dano sério foi cometido. 

Também quero esclarecer que, quando me proibiram de vê-lo, pedi a teus colaboradores que lhe levem o Rosário, esclarecendo expressamente que vinha do Papa com sua bênção. Por esse motivo, o que eles afirmaram na sua conta do Facebook – injustamente denunciada por fakenews e ameaçado de censura – é exatamente o que eu disse a eles: a verdade. 

Entrego esta carta aos teus colaboradores com a expressa autorização para publicá-la se ela servir para mitigar o dano causado, embora eu tema que aqueles que odeiam esse trabalhador que tirou 40 milhões de excluídos da fome e pôs de pé a América Latina diante dos poderes globais não vão dizer a verdade. 

Te peço perdão pelo que aconteceu e te deixo um abraço fraterno, latino-americano e solidário; 

Rezo pela tua liberdade, pelo teu povo e nossa Pátria Grande; 

Juan Grabois”