Não tem como negar: o Brasil é um celeiro de Poetas livres e contestadores, como aqueles da periferia, mas, lamentavelmente, muito deles ainda sofrem pre-conceitos e são reprimidos....
Clicar no vídeo:
Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=GpJs5nHFPNE
Poema: "Vendo Pó-esia...."
Autor: Rodrigo Siriáco
Vendo pó
Vendo pó...
Vendo pó..esia
Papel de 15, papel de 20
Com dedicatória do autor
Ainda vivo
Promete morrer cedo
Só pra valorizar a obra
Aliás, você:
Gosta de autores vivos
Ou nem mortos?
Vâmo lá, vâmo lá
Na minha mão é mais barato!
Prometo que vaiu
Com dedicatória e orelha
A do autor, não a orelha
Na nossa biqueira literária
Pó...esia é prato, mesa
cheia
Deixar os malucos chapados
É nosso barato
Vendo pó
Vendo pó...
Vendo pó..esia
“Xii, corre, corre, Tio
A casa caiu”
O pré-feito
Pré-conceito de ser pó-lítico
(mal fabricado)
Não chapou o baseado
Causou furdúncio, ficou bravo
Mandou guarda, jornalista,
Segurança
Pra armar o barraco
Exigiu alvará de funcionamento
Da biqueira
-que doidêra!-
Cagou ordem, baixou decreto
Citou: lei orgânica
Pertubação da ordem pública
Destruição do patrimônio
Histórico
Código de Postura do município
- que mentira, que lorota boa –
Só pra destruir a nossa
Brincadeira
Nossa lírica zoeira, de gritar:
Vendo pó
Vendo pó...
Vendo pó..esia
E querem nossa deixar apenas no
Cheiro pó
Cheiro pó..
Vendo pó...eira
Besteira!
Não aceito essa lenga-lenga
Vendo pó
Vendo pó...
Vendo pó..esia!
0 comentários:
Postar um comentário