terça-feira, 2 de agosto de 2011

QUEM É MAIS CORRUPTO?

"Brasil: Esse estranho País de corruptos sem corruptores" - Luis Fernando Veríssimo


Estamos presenciando nesses últimos dias, mais um voraz ataque da grande mídia contra o Governo Federal. Agora a bola da vez são os casos de malversação dos recursos financeiros do Ministério dos Transportes.

Malgrado verdadeiras as denúncias, a maioria dessas matérias tentam induzir o incauto leitor a pensar que a corrupção que assola o Brasil veio com as sucessivas vitórias do PT no plano nacional, argumento instigador e categoricamente falso.        

                                          

Aliás, criticando essa postura midiática, o Governador Tarso Genro, escreveu: “Como sempre, as colunas prosseguem na desconstituição da política democrática, pela identificação desta com a corrupção. Tratam-na como uma propriedade muito brasileira omitindo, sempre, que o governo que mais combateu a corrupção no estado, seja através da Controladoria Geral da União, do Ministério da Justiça via Polícia Federal e do acionamento dos demais órgãos de controle, foi precisamente o governo Lula. Nos seus dois períodos, após a chamada crise do mensalão, nunca se atacou tanto os velhos esquemas de quadrilhas que assolavam e ainda assolam o estado brasileiro”. 


Mas, o que nos chama atenção nessa e em outras reportagens, é a voracidade e a distinção com que a imprensa cobre tais episódios, especialmente, os fatos envolvendo os Governos de Lula e Dilma. Um exemplo dessa conduta é o “JN no Ar”, criado para minar a eleição de Lula, e agora para mostrar as mazelas e jamais os reconhecidos avanços País. Nessa mesma linha raivosa o JN do dia 30/07/2011, fez um balanço, de forma distorcida, das obras do PAC. Resumidamente, as obras, segundo o Governo, apresentam a seguinte avaliação: 90% estão dentro do planejado e 10% apresenta problemas. Mas a Globo fez a matéria apenas sobre os 10%.

Outro recente e grave exemplo dessa partidarização midiática, veio à tona nos blogs alternativos nesse último dia 25. O blog “Brasil 247” postou uma matéria noticiando um grande escândalo na política brasileira, porém, tal noticia foi propositalmente, ignorada e não repercutida pela chamada imprensa investigativa.                               

Segundo consta no citado Blog, as campanhas à Presidência da República de José Serra e ao Governo de São Paulo de Geraldo Alckmin, em 2002, e de outros políticos, teriam sido beneficiadas pelo esquema do caixa 2 de Furnas, com R$ 19,0  milhões. Essa denúncia consta na “Declaração para Fins de Prova Judicial ou Extrajudicial”  que o ex-presidente de Furnas, Dimas Fabiano Toledo, assinou e registrou, em 06/11/2008, no 23º Ofício de Notas do Rio de Janeiro.  Afirma ainda, Dimas Fabiano, que o ex-secretário de Governo de Minas Gerais Danilo de Castro foi o recebedor, repassador e operador do esquema de desvios de recursos públicos, originados do caixa dois da Empresa Furnas Centrais Elétricas S/A. Os valores ultrapassaram a cifra de R$ 38,00 milhões, e Danilo de Castro repassou estes recursos não declarados para vários políticos do Estado de Minas Gerais, incluindo o ex-governador Aécio Neves da Cunha com o valor de aproximadamente R$ 7,0 milhões.

A não divulgação desses fatos é mais uma prova cabal do estilo partidarizado da imprensa brasileira que, sabidamente, está a serviço de um grupo político, que por anos, favoreceu o mercado oligopolizado da mídia com as benesses governamentais.

Evidentemente que não estamos aqui criticando a grande mídia pela divulgação das denúncias de corrupção no DENIT, ao contrário, todo caso de malversação de recurso público tem de ser fortemente combatido, inclusive, com o apoio dos meios de comunicação. O que cobramos são responsabilidade, isenção e coerência. Aliás, sugerimos que o combate à corrupção deva iniciar dentro das próprias empresas de comunicação, que notoriamente são contumazes sonegadoras do fisco nacional. “Veja” uma pequena relação dos caloteiros do INSS publicada no sitio http://epocaestadobrasil.wordpress.com/2011/04/01/lama-iss:Infoglobo(Organizações Globo) dívida de R$ 18,0 milhões, Editora Globo S.A.: R$ 2,0 milhões, Editora Abril (responsável pela publicação da “Veja” e outras revistas) R$ 1,2 milhões, Rádio/TV Bandeirantes: R$ 2,6milhões, Folha da Manhã S.A. (Folha de São Paulo): R$ 3, 8milhões, O Estado de São Paulo (Estadão): R$ 2,0 milhões.                                       

Diante de tudo isso, só nos resta perguntar: até quando a corrupção tomará conta do Brasil? Por que a imprensa não repercutiu esse escândalo envolvendo Furnas o PSDB
e o DEM (PFL)? Por que a idéia de qualquer regulação do setor, a exemplo de outros países democráticos, incomoda tanto a grande mídia brasileira? Os donos das empresas jornalísticas não sabem que ao sonegarem impostos estão sonegando o acesso do cidadão à saúde, educação, moradia, etc.? Será que a mídia nativa” goza de alguma credibilidade quando noticia casos de corrupção? Afinal, quem é mais corrupto: o setor público ou o privado? 

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