Estamos
participando de mais uma eleição polarizada entre o PT X PSDB, ou seja, estão
em disputa dois Projetos distintos: de um lado o Trabalhismo e de outro o
Neoliberalismo. Porém, esse debate está sendo sufocado por setores fascistas da
sociedade e pela “mídia nativa” para favorecer Aécio Neves.
Esse
premeditado desvio de confrontos de ideias, despertou o que de mais reacionário
temos na política brasileira. O preconceito, a intolerância e o ódio ao PT e às
minorias se tornaram palavras de ordem na boca desses neofascistas tupiniquim
que encontram na mídia o seu grande aliado.
Um
dos primeiros atos de intolerância e ódio aconteceu durante as manifestações de
junho, com o surgimento dos “Black Bloc”. Depois ocorreu na abertura da Copa do
Mundo, quando a elite cheirosa tomada de cólera e numa das
cenas mais dantesca e patética de 2014, começou a xingar a Presidenta, dizendo:
“Dilma vai tomar no c..”.
Após
esses atos, já no calor das eleições, coube ao “doutor” FHC destilar o seu
veneno preconceituoso. Em entrevista, o ex-presidente disse:“...Essa caminhada
do PT dos centros urbanos para os grotões é um sinal preocupante do ponto de
vista do PT porque é um sinal de perda de seiva ele estar apoiado em setores da
sociedade que são, sobretudo, menos informados”.
Nessa mesma linha raivosa e preconceituosa, uma comunidade com quase
100 mil usuários denominada “Dignidade Médica”, chegou, também, ao limite da
intolerância. As postagens do grupo pregam "castrações químicas" contra
nordestinos, profissionais com menor nível hierárquico, e propõe um
"holocausto" entre os eleitores petistas.
Depois
desses fatos, multiplicaram-se os casos de intolerância e comentários
preconceituosos e raivosos. Em São Paulo o
cadeirante Ênio Rodrigues foi agredido e ameaçado por portar uma estrelinha do
PT e adesivo da Dilma. No Rio de Janeiro o artista, Gregório Duvivier, que
declarou seu voto a Dilma, foi insultado e ameaçado em um restaurante. Se não
bastasse, o decadente e covarde ator Dado Dolabella, disse a Duvivieré: “...na
boa, alguém que fala estou com Dilma, para mim, soa tipo: estou com ebola.
Digno de pena e reclusão da sociedade. Um marginal”.
Recentemente,
outro caso de ódio chamou atenção. Dessa feita, foi contra a Presidenta Dilma
que após sofrer uma hipoglicemia
depois do debate do SBT, foi insultada de maneira chula pelo médico gaúcho, Milton Pires que
postou em seu Facebook o seguinte e abominável comentário: “Tá passando mal? A
pressão baixou??? Chama um médico cubano, sua filha da puta!” Esse médico é
especialista em terapia intensiva e trabalha no CTI do Hospital Nossa Senhora
da Conceição, em Porto Alegre. Se esse médico, ou melhor, monstro, chegou a
esse ponto de rancor, imagina se no seu plantão, descobre que um paciente é
Petista?
Mas
esse desprezível comentário sobre a Dilma não ficou apenas por conta desse
ignóbil, pois, até Aécio Neves, de maneira covarde, debochada e hipócrita falou
por telefone à Marina Silva: “Deu
o desespero. Viu que ela passou mal?”.
Para fechar com
chave-de-ouro coube ao ex-governador, Alberto Goldman (PSDB/SP), destilar seu
veneno preconceituoso e golpista. Disse o Tucano: "O Brasil do trabalho formal, produtivo, dos
seus trabalhadores e empresários, no campo e na cidade, o Brasil da cultura e
da tecnologia essa é, de fato, a elite
brasileira – rejeitou, por ampla maioria, o PT e sua candidata...Dilma não
teria condições de governar o Brasil".
Refutando Goldman, o jornalista Breno
Altman, escreveu: “...isso quer dizer que os votos dos brasileiros que ganham
menos de dois salários mínimos, entre os quais Dilma teve 52%, vale menos que a
elite brasileira identificada pelo ex-governador?...Esse discurso não é apenas
antidemocrático. Apela também para o preconceito social e a fúria de classe
contra os pobres...Será que ele prega o voto censitário? O que pensa parece
inspirado no que foi escrito sobre Getúlio Vargas no anos 50. Dilma não pode
vencer. Se vencer, não pode governar. Se governar tem que cair".
Diante
de toda essa barbárie, resta-nos rechaçar, de maneira veemente, essas atitudes
fascistas da campanha de Aécio Neves que vem pregando o ódio, o preconceito
social, o racismo e a homofobia. A vitória dessas forças
reacionárias conjugada com um Congresso conservador poderá recrudescer, ainda
mais, esses atos de intolerância resultando em sérios riscos ao estado
democrático de direito. Realmente assiste razão ao Nélson Rodrigues: ”os idiotas perderam a modéstia e os
agressores, de alma fascista, agora saem da toca”.
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