De acordo com Mário Ferreira Neto, Mestre
em Matemática e Especialista em Matemática e Estatística pela UFLA, a
pesquisa eleitoral para ser bem sucedida é imperioso que ela tenha “uma boa metodologia de amostragem, boa coleta dos dados, uma
análise e avaliação adequada dos resultados, sobretudo realizar uma apuração
matemático-estatística correta sem qualquer manipulação ou artifício matemático
e estatístico dos resultados das intenções de votos pesquisadas”.
No
entanto, os institutos, com raras exceções, não agem com essa lisura, ou por
falhas metodológicas, ou porque são reféns dos contratantes, como por exemplo,
a mídia que para defender seus interesses financeiros/ideológicos faz com que
os institutos manipulem as pesquisas, aliás, essas eleições de 2014 demonstram
a presença desses dois fatores.
Com relação às falhas metodológicas
buscamos na análise do jornalista, Luciano Martins Costa a explicação, por
exemplo, do que ocorreu na eleição presidencial. Diz o jornalista: “...Nem o Ibope, nem o
Datafolha, chegaram sequer perto de detectar a maré de adesões que levou o
candidato do PSDB, Aécio Neves, ao segundo turno. O conservadorismo do
eleitorado paulista superou a desconfiança que o ex-governador de Minas sofre
em seu próprio estado...Por que os pesquisadores não conseguiram detectar o
crescimento da onda conservadora que se ergueu por trás da proposta de mudança?
Talvez os analistas estivessem ocupados demais em provar suas próprias teses e
não perceberam que a polarização nunca deixou o campo do jogo”.
Já com relação à manipulação, há vários
casos espalhados pelo país, como por exemplo, o que ocorreu com o candidato ao governo de São
Paulo, Padilha (PT) que foi colocado de lado pelas pesquisas; Flávio
Dino(PCdoB) que ganhou as eleições do Maranhão, mas sofreu com as manipulações das
pesquisas; Crivella(PR) do Rio de Janeiro que também foi prejudicado pelas
pesquisas, mas foi para segundo turno; e o caso mais gritante a vitória na
Bahia do PTista Rui Costa, no primeiro turno, quando os institutos deram
como certa a vitória do Paulo Souto (DEM).
Quanto ao segundo turno, concordamos com a análise do
jornalista Luciano Martins Costa, que disse: “...não se pode adivinhar para onde
penderá o eleitorado, mas neste espaço onde se observa o comportamento da mídia
pode-se afirmar que o segundo turno da eleição presidencial deverá registrar o
melhor do pior que a imprensa é capaz de produzir. O editorial do Estadão,
declarando explicitamente o voto em Aécio Neves, é uma espécie de salvo-conduto
para o vale-tudo que vem aí”.
Portanto,
e frente a tudo isso, chegamos a seguintes conclusões: primeiro, há um nítido
complô da mídia, dos institutos de pesquisa e da direita conservadora para
impedir, a todo custo, a vitória de Dilma Rousseff; segundo está claro à
necessidade se aprimorar a legislação que regula as pesquisas de opinião
pública no Brasil, pois, sabemos de sua influência junto à maioria do eleitorado;
e por último, os institutos de pesquisa necessitam aperfeiçoar suas
metodologias, mas há outros institutos, que o caso é tipicamente de Polícia!
0 comentários:
Postar um comentário