Transcrevemos abaixo ótimo texto do jornalista Fernando Brito
postado no blog “Tijolaço”:
Marina acaba de se associar a um crime eleitoral
Independente
do resultado “marquetológico” da entrevista de Marina Silva ao Jornal Nacional
– e eu acho que foi desastroso – há um elemento gravíssimo nas declarações da
nova candidata do PSB.
Marina confessou o conhecimento de
um crime eleitoral e a participação nos benefícios desta transgressão.
Ela confessou saber que o avião era
produto de um “empréstimo de boca” que seria “ressarcido” – se é ressarcido,
tem preço – ao final da campanha.
Poderia, se fosse o caso, dizer que
não sabia dos detalhes da contratação do serviço, feita por Eduardo Campos. Mas
está amarrada de tal forma no assunto que teve de se acorrentar à fantasiosa
versão do PSB.
Que é uma aberração jurídica e
contábil, que não pode prevalecer – e não prevalece – em qualquer controle de
contas eleitorais.
Até no Acre de Marina Silva, o TRE distribui um formulário onde o dono de um veículo, mesmo que
seja um Fusca 82, tem de assinar a cessão e atribuir o valor em dinheiro do
bem.
O que dirá para um jato de R$ 20
milhões!
Não há um contrato sequer, não há
preço estabelecido e, sobretudo, as empresas (ou o laranjal) que tinham o
controle do avião não se dedicam à locação de transporte aéreo.
É um escândalo de proporções
amazônicas.
Só menor do que o escândalo que é,
depois de tantas confissões, o silêncio do Ministério Público.
Todos se lembram da Procuradora
Sandra Cureau, que por um nada partia para cima do Presidente Lula e da
candidata Dilma Rousseff.
Está mudo, quieto, silente.
Acovardado diante dos novos santos
da mídia.
A partir de agora, prevalecendo
isso, se podem emprestar prédios, frotas, aviões, até uma nave espacial para
Marina ir conversar com Deus.
De boca, sem recibo, sem contrato,
sem papel.
Na
fé.
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