terça-feira, 10 de janeiro de 2012

DO “CAOSAÉREO” AO “CAOSAQUÁTICO”


 "A sociedade é maior do que o mercado. O leitor não é consumidor, mas cidadão. Jornalismo é serviço público"

Alberto Dinis

 

Sabemos que a “mídia nativa”, como caixa de ressonância e parceira das elites, não aceita os governos trabalhistas e de esquerdas. E os mandatos de Lula e de Dilma Rousseff, comprovam essa assertiva.

 

Durante os mandatos de Lula, a imprensa não deu sossego ao Governo e tentou de todas as maneiras derrubá-lo. Um das tentativas, veio por intermédio da Rede Globo, que instalou o caos aéreo no País no ano de 2006. Um das maiores crises que o Governo Lula enfrentou, e que de certa forma, a mídia obteve algum resultado: a nomeação de um Ministro Serrista e traidor: Nelson Jobim.          

 

Hoje, com apenas um ano de Governo, e mesmo diante de uma histórica popularidade, a imprensa não desiste e tenta derrubar ou ao menos desestabilizar o Governo de Dilma Rouseff. Primeiro foi com os casos de corrupção, mas diante das firmes medidas adotadas pela Presidenta e com o lançamento do livro “Privataria Tucana” a mídia perdeu o seu discurso. Mas agora, conseguiu uma nova pauta que literalmente caiu do Céu: o “caosaquático”, como diria Paulo Henrique Amorim.

 

A Rede Globo não cansa de noticiar, com falsas e levianas informações, os destinos dos recursos que o Governo Federal está disponibilizando aos Estados que sofrem com as terríveis chuvas desse verão. Utilizando-se do conhecido método de ouvir apenas um lado, os jornais, em especial o Jornal Nacional, que tem uma penetração maior no País, veiculou, por exemplo, que o Ministério da Integração Social, cujo Ministro é um nordestino (será coincidência a perseguição?) estaria beneficiando com maiores recursos financeiros o Governo de Pernambuco, cujo Governador é do mesmo Partido do Ministro, o PSB.

 

Nessa mesma linha, mas com a costumeira dose preconceituosa, o jornal “Estadão”, trouxe a seguinte manchete: “Pasta criada sob inspiração da ditadura militar teve onze ministros, sendo 10 nordestinos, que privilegiaram região na condução dos projetos”.  Contudo, como bem afirma Paulo Henrique Amorim, “o Estadão poderia também dizer que os paulistas – ou seus instrumentos – dominaram por muito tempo o Ministério da Fazenda e privilegiaram sua região na condução de projetos”.  

 

Mas mesmo depois de reiteradas Notas Oficiais dos Ministérios da Integração Social e do Planejamento, desmentindo, ou melhor, desmontando toda farsa midiática, não se vê, lê ou ouve uma vírgula de tais Notas na grande mídia. O Ministro do Planejamento, afirmou no dia 06/01/2012, que ”...o governo federal está trabalhando para evitar a recorrência de tragédias provocadas pelas chuvas e enchentes por meio do aprimoramento da gestão e da liberação de recursos, deixando de atuar apenas nos momentos em que ocorrem. O Governo em 2011 repassou R$ 1,429 bilhão para drenagem de rios em áreas de enchentes em todo o país. Os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais receberam 63% do valor repassado pelo Ministério das Cidades.

  

Por sua vez, o Ministro da Integração, disse em Nota: “Não é correto afirmar que o Estado de Pernambuco será privilegiado no orçamento de 2012 com a maior verba contra enchentes. É um equívoco”. Segundo o Ministro, o Governo encaminhou ao Congresso Nacional a Lei Orçamentária destinando recursos para o Programa de Gestão de Riscos e Resposta a Desastres. Como se sabe os congressistas podem propor emedas a essa lei. A bancada de Pernambuco destinou R$ 70,6 milhões para ações do citado programa no Estado. Outras bancadas também promoveram iniciativas semelhantes, algumas com dotações ainda maiores do que de Pernambuco, como a de Goiás, com R$ 78,5 milhões, e Rio de Janeiro, com R$ 72,7 milhões. Além de outros Estados que foram beneficiados com emendas de seus Deputados e Senadores.


Evidente que não vamos transcrever na íntegra as Notas dos Ministros, mas vale acessar os sites dos citados Ministérios para se confrontar os dados oficiais do Governo com os dados oficialescos que vem sendo maldosamente, noticiado pela grande mídia.                                    
 
Diante de tudo, concluímos que definitivamente não há como negar a prática do jornalismo esgoto no Brasil. E não é menos verdade também, a vergonhosa partidarização da mídia, que sem nenhuma conduta ética e sem qualquer cerimônia se tornou o maior Partido de oposição do país, ou como bem assinala Paulo Henrique Amorim, se transformou no PIG: Partido da Imprensa Golpista. Ley de Médios Urgente...!

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