“O mundo precisa entender que a Amazônia Brasileira tem dono. É o povo brasileiro” Presidente Lula
Não podemos ignorar os sérios e graves problemas que atingem a Floresta Amazônica, que sabidamente, tem um papel crucial na estabilidade ambiental do Planeta. Mas por outro lado, temos que reconhecer que esse imenso e valioso patrimônio da biodiversidade estimado em US$ 14,0 trilhões, desperta há muito tempo, a cobiça de outros Países, que disfarçados no mote de sua proteção, tentam internacionalizá-la com o falso argumento preservacionista.
Aliás, neste sentido o jornalista Mauro Santayana em brilhante artigo na “Revista do Brasil” escreveu: “...Desde o século XIX os europeus e norte-americanos tentam ocupar a Amazônia, em nome da “civilização”, em nome de Deus (com os protestantes liderados pelos Rockefeller) e, mais recentemente, em nome da preservação do meio ambiente. Temos resistido com dificuldades a essa penetração. Houve governos, como o do marechal Dutra (1946-1951) que chegaram a aceitar a internacionalização da Amazônia. Outros, como Arthur Bernardes (1922-1926), ajudaram a resistir.
Evidentemente,
que todo este imenso recurso natural deve ser preservado, mas também, não é
menos verdade, que pode ser, de forma criteriosa, explorado em prol do Povo
brasileiro.
Neste contexto, o Governo
Lula, realizou vários Projetos no sentido de preservar a Floresta Amazônica e
retirar dela recursos para o desenvolvimento sustentável do País. Dentre esses
Projetos está à construção da Hidrelétrica de “Belo Monte”, no Rio Xingu. Essa
Usina será a segunda maior do Brasil e manterá a nossa posição como o País que
mais utiliza matrizes energéticas limpas do mundo, com 46% de energia
proveniente de fontes renováveis, além do que, ampliará em 11 mil megawatts a
nossa capacidade de produção de energia, fato que contribuirá, sobremaneira,
para o processo de crescimento do Brasil.
Mas
ignorando esses e outros aspectos, logo após o lançamento do Projeto, houve uma
onda de protestos por parte de algumas ONG’S e da “mídia nativa” contra a
construção da Hidrelétrica, inclusive, várias ações foram propostas na Justiça
e em organismos internacionais para tentar impedir a licitação e o inicio das
obras sob o argumento da inviabilidade técnica e o desrespeito aos direitos
humanos (tribos indígenas). Contudo, várias dessas ações não prosperaram e a
obra foi licitada e iniciada.
Depois
de superada, temporariamente, essas pendengas judiciais, o Governo brasileiro
no dia 1º de abril foi surpreendido com a medida tomada pela “Comissão de
Direitos Humanos das Organizações dos Estados Americanos (OEA)”, que solicitou
a suspensão da obra da Hidrelétrica de Belo Monte, alegando que as comunidades
indígenas não foram consultadas e que a hidrelétrica causará impactos
socioambientais irreversíveis.
A
decisão da OEA causou tamanha perplexidade no Governo brasileiro que o
Itamaraty divulgou Nota, pouco diplomática, comentando essa posição. Segundo o
Chanceler brasileiro “o Governo brasileiro, sem minimizar a relevância do papel
que desempenham os sistemas internacionais de proteção dos direitos humanos,
recorda que o caráter de tais sistemas é subsidiário ou complementar, razão
pela qual sua atuação somente se legitima na hipótese de falha dos recursos de
jurisdição interna”..., o que categoricamente não ocorreu, pois, todos os
aspectos socioambientais estão sendo observados: a obra cumpre as leis
brasileiras; nenhuma aldeia indígena será alegada, e todo Projeto foi
devidamente, submetido à avaliação e aprovação técnica dos órgãos competentes.
Registra-se
ainda, que anteriormente ao questionamento da OEA, a Empresa de Pesquisa
Energética (EPE) já havia postado em seu sitio www.epe.gov.br
Nota denominada “Projeto da Hidrelétrica de Belo Monte – Fatos e Dados” prestando
um minucioso esclarecimento sobre a obra. Vale acessar o referido sitio para
conhecer melhor o Projeto e confrontar com as denúncias que chegaram a OEA.
Portanto,
nos afigura precipitada e ilegítima essa decisão da OEA, que na verdade, surtirá
mais efeito alegórico do que prático. Aliás, neste sentido, o jornalista Paulo
Henrique Amorim com uma boa dose de ironia disse:“...o “pedido” da OEA para o
Brasil rever Belo Monte tem o mesmo efeito de pedir ao Bolsonaro para
sair na Parada Gay”.
Diante de tudo, e presente essa
insistente ingerência internacional, cabe ao Governo Dilma ficar atento a estes
movimentos com tendências intervencionistas, e consolidar de vez, a proteção e
soberania sobre a Floresta Amazônia. E como bem afirmou o Presidente Lula: “O
mundo precisa entender que a Amazônia Brasileira tem dono. É o povo
brasileiro!”
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