Por Odilon de Mattos Fiulho - 15/08/201
Nos períodos de ditadura o Partido Político e os políticos sempre foram vistos como inimigos dos governos e dos governantes.
Nos períodos de ditadura o Partido Político e os políticos sempre foram vistos como inimigos dos governos e dos governantes.
Hoje,
malgrado o golpe político/jurídico/midiático, podemos, ainda, afirmar que
vivemos em uma democracia, pelo menos, sob o ponto de vista do funcionamento
das instituições. Porém, paradoxalmente, uma grande parcela da sociedade tem
agido de forma contrária à democracia.
Já
escrevemos que as manifestações de 2013, não obstante aparentarem meros atos
democráticos no quais o povo se rebelou contra a corrupção, a verdade é que essas
manifestações resultaram no afloramento do ódio, do preconceito e da
intolerância, e sob o ponto de vista político/governamental, o resultado foi outro desastre:
o poder central caiu nas mãos de um governante ilegítimo, corrupto, sem
respaldo popular e executor, tão somente, dos projetos e dos interesses de uma
minoria da casta nacional, em detrimento aos interesses do povo brasileiro e da
nossa Nação.
Hoje,
a despeito dessas manifestações e da Operação Lava-jato, sabemos pelas
pesquisas de opinião pública que a eleição para presidente da república em 2018
deverá ser vencida pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Porém, o
maniqueísmo que está tomando conta da sociedade e o sentimento coletivo de
rejeição aos políticos pode mudar, por completo, esse panorama.
Não
obstante todos os retrocessos pós-manifestações de 2013, há um movimento muito
mais perigoso, rasteiro e silencioso que pode ganhar espaço e colocar em cheque
a nossa democracia. Ganha força no país, com ajuda da mídia, o discurso da
negação da política, ou, o negacionismo, termo que remete a um fenômeno
específico que tem lugar após a Segunda Guerra Mundial. E esse discurso já
começou a surtir efeito. Vários Prefeitos, valendo-se da insatisfação, da
frustração e do desgosto da população com a política, utilizaram esse álibi do “apolítico”
para conseguirem seus feitos. É o caso, por exemplo, de Dória em São Paulo e
Alexandre Kalil em Belo Horizonte, dois dos
maiores colégios eleitorais do Brasil. E somado a isso tivemos, também, nas
eleições de 2016 um alto índice de abstenção de votos, com eleitores que
votaram branco, nulo ou que simplesmente não compareceram para votar.
Não
temos dúvidas de que todos esses fatores corroboram, sobremaneira, para a tese
do negacionismo em curso no Brasil, um fenômeno sociológico perigoso e muito
próximo do fascismo.
A
propósito, o Economista, André Calixtre asseverou: “..O fascismo, no
Brasil, assim como em qualquer outro lugar do mundo, nasce do sentimento
de negação da política, seja ela
tradicional, seja ela a política futura. É a ideia de que a política não serve
como instrumento de melhoria das condições sociais e que é preciso substituir
esse espaço. Quando se nega esse instrumento da política — a política no grande
sentido do termo —, aparece o discurso do fascismo...Esse discurso é muito
difícil de ser interpretado, porque ele é, ao mesmo tempo, conservador e
progressista, social e individualista, ou seja, é tudo junto porque, na
verdade, ele é um sistema de destruição do sistema
político, que aparece no momento em que o sistema político
democrático se deteriora. Ao mesmo tempo, o fascismo não é um movimento que está fora de nós,
o fascismo está à espreita, é uma forma de regime totalitário que avança
na deterioração da democracia e não na superação dela...1”
E
é dentro deste contexto, que as forças dominantes do país vão agir no ano de
2018. Podemos afirmar, categoricamente, que essas forças, apoiadas pela “mídia
nativa”, já estão preparando seus candidatos “apolíticos”, que usarão a Operação
Lava-jato como carro-chefe e núcleo deste discurso.
Não
temos aqui a pretensão de profetizar, mas, certamente, três fariseus serão
apontados pela direita conservadora como os “apolíticos” salvadores da pátria: o
ex-ministro do STF, Joaquim Barbosa, o Batman brasileiro, o apresentador de TV,
Luciano Huck, o bom mocinho ou o ex-treinador da seleção de vôlei do Brasil, Bernadinho,
o homem de sucesso e vencedor.
Eis aqui na nossa humilde opinião
o quadro que se avizinha para 2108. Resta para nós, esperar que o povo brasileiro tenha
memória, sabedoria e amadurecimento político suficiente para não se deixar
levar por esse discurso fácil, aparentemente ético, porém, falso e sorrateiro.
Não podemos esquecer que o fascismo é exemplo emblemático desse “negacionismo”
da política. A história está repleta desses falsos moralistas!
Olha o moralista,que sempre viveu às custas dos cabides de emprego, seja em prefeituras, seja em câmaras municipais.
ResponderExcluirJá falei que você é covarde, típico dos fascistas, tanto que utiliza o pseudônimo “Anônimo”, mas de qualquer maneira, obrigado, você lê os meus textos e contribui para o “IBOPE” do meu blog. Para início de conversa sou funcionário público efetivo desde 1995, ou seja, CONCURSADO. E quando ocupei cargos de confiança foi em Arantina e Bom Jardim de Minas. Aliás, solicita às Câmaras Municipais desses dois municípios e elas lhes disponibilizarão as minhas Declaraçôes de Bens que apresentei quando assumi e quando saí dos cargos que ocupei nessas duas cidades. A propósito, esse ato de entregar a Declaração de Bens à Câmara Municipal não é necessário sob o ponto de vista legal, é obrigatório sim, entregar ao Departamento Pessoal da Prefeitura, mas fiz questão de entrega-las aos Vereadores para publicitar o meu ato e porque entendo que os Vereadores devem ter conhecimento dessa Declaração, até mesmo para poder fiscalizar a evolução do patrimônio do servidor quando termina o seu mandato. Nas minhas declarações você observará que meu patrimônio, ao contrário de muitos agentes políticos, diminuiu e não aumentou. Aliás, já lhe adianto que único bem que eu e minha família possuímos é um carro Corsa Classic 2007 e uma parte na casa e em um lote que meu pai nos deixou, MAIS NADA...! Portanto, seu covarde, eu e minha esposa nunca dependemos de cargo público comissionado para sobreviver, somos funcionários públicos CONCURSADOS e não devemos nada a ninguém. E por fim uma pergunta: por que você se esconde atrás “Anonimato” é medo ou é covardia mesmo...? Pelo menos responde, mesmo no anonimato...!
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