segunda-feira, 17 de maio de 2021

ISRAEL: DE VÍTIMA A ALGOZ



Por: Odilon de Mattos Filho
Sabemos que um dos capítulos mais tristes de nossa história contemporânea foi a cruel perseguição e a tentativa de genocídio do Povo Judeu pelos Nazistas.

A doutrina racista e a política anti-semita do III Reich fizeram com que mais de 7 milhões de pessoas perdessem suas vidas em campos de concentração. Para os Nazistas aqueles que não possuíam sangue Ariano não deveriam ser tratados como seres humanos. Essa política visou especialmente o Povo Judeu, tanto que mais 6 milhões foram cruelmente torturados e mortos durante a Segunda Guerra Mundial.

Findada a Segunda Guerra Mundial e toda essa barbárie nazista, a ONU, em 1945 com o apoio dos EUA e parte da Europa criou o Estado de Israel. O Judeu Theoro Herzl fundou o movimento Sionista e Ben Gurion construiu o Estado Judeu em terras Palestinas, e assim iniciou o primeiro de tantos conflitos com árabes.

Diferentemente do que informa a grande mídia, o conflito entre Israel e Palestinos não cessará com um acordo de paz. O caso é uma questão de Justiça, afinal, foi Israel que invadiu as terras dos Palestinos para criar seu Estado. De novembro de 1947 a maio de 1948 foram expulsos de suas terras mais de 750 mil Palestinos. Suas casas foram incendiadas e roubadas, e muitos tiveram que morar em barracas de lona montadas em desertos. Esse foi o projeto colonial europeu, em aliança com os EUA e os Sionistas, que a imprensa, de forma dissimulada, procura esconder do mundo. Essa história assim como o holocausto, não podem ser esquecidos, pois servem de exemplos para as futuras gerações do que a intolerância, o preconceito e o racismo são capazes de fazer.

Hoje presenciamos mais um desses conflitos com os covardes e sistemáticos ataques de Israel que já vitimou, segundo os jornais, mais de 200 Palestinos, incluindo 55 crianças e 33 mulheres, com 1.230 feridos. Já pelo lado de Israel morreram 14 pessoas o que mostra a brutal diferença no poderio de fogo dos Israelenses e a ação covarde e violenta contra o indefeso povo Palestino. E afrontando boa parte do mundo e numa clara demonstração de desumanidade, parece que esses ataques avançarão no tempo e na intensidade, pelo menos, é o que promete Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel.  

Mas, não obstante esse poderio bélico, há que se consignar, também, a suspeita de que Israel vem utilizando gás venenoso em seus ataques contra os Palestinos, é o que aponta o centro médico Al-Shifa para onde foram levados vários corpos que após exames dos patologistas, se descobriu que a causa direta das mortes foi asfixia devido à inalação de gases venenosos.

A propósito, vale registrar que os ataques de Israel não se limitam atingir soldados ou lideranças do Hamas, vários civis estão sendo mortos e prédios residenciais e comerciais destruídos, como, por exemplo, os ataques aéreos de Israel que atingiram o prédio que abrigava sedes de diversas agências de notícias internacionais, como Associated Press e Al-Jazeera, além de apartamentos residenciais e escritórios, foi totalmente destruído numa clara violação à liberdade de imprensa, aliás, segundo publicado no Portal FEPAL, as forças de ocupação [Israelense] “cometeram 183 violações da liberdade de imprensa contra veículos de comunicação e profissionais palestinos, incluindo 67 detenções de funcionários e impedimento de cobertura, seguidos de 22 casos de agressões física, que foram de chutes a espancamentos1”.

Mas, diante dessa barbárie, perguntas podem ser levantadas: por que o silêncio obsequioso e a leal defesa dos EUA - a despeito do clamor da comunidade internacional - ao governo de Israel junto ao Conselho de Segurança da ONU? Os EUA não estão sendo governado por Joe Biden, um Democrata dito progressivo? As repostas são claras: na  verdade, as diferenças entre Democratas e Republicanos são meras filigranas, pois, quando o assunto  business e money” os dois polos políticos não se diferem, no caso de Israel é manifesto essa posição. Não podemos perder de vista que são os judeus que comandam a economia do império do norte. Controlam a grande imprensa, a indústria do entretenimento (Hollywood) e o sistema financeiro e o maior exemplo é o Banco Sachs Goldman fundado pelo judeu Marcus Goldman. Este Banco tem forte influência na política estadunidense, não à toa, segundo matéria do El País que “em quase todos os Governos dos EUA, mesmo antes de começar o capitalismo moderno pós-Segunda Guerra Mundial, houve um goldmaniano nas esferas mais altas do poder público...Não há um canto da Terra onde não cheguem  seus tentáculos,..2”. Não temos dúvidas de que este Banco é um dos poderosos braços do The Depp State.

Aqui está um pequeno exemplo da crueldade do capitalismo senil e do comprometimento e da submissão dos imperialistas do norte à riqueza dos judeus, inclusive, defendendo os bárbaros e covardes ataques que sistemática e historicamente acontece contra o povo Palestino.

Frente a essa barbárie, o que se espera é uma rápida reação da ONU contra Israel, não apenas com relação ao cessar fogo, mas, especialmente, com o devido reconhecimento do Estado Palestino com a imediata reintegração das terras a esse Povo. Caso isso não ocorra, o mundo pode se esquecer de que Israel fora uma triste vítima do passado para se tornar um covarde algoz do presente.


1 Fonte: https://fepal.com.br/jornalistas-palestinos-israel-viola-sistematicamente-a-liberdade-de-imprensa/

  

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