"O Petróleo é nosso"
É de conhecimento, até do
mundo mineral, como diria Mino Carta, que a fonte de energia não renovável mais
cobiçada do planeta é o petróleo, afinal, é a fonte mais utilizada (45%) no
mundo, e por isso é disputada num verdadeiro vale tudo, inclusive, por meio de
guerras como são os inúmeros casos de invasões militares dos EUA a vários
países mundo afora.
Antevendo a importância do petróleo
na geopolítica mundial, o grande Estadista, Getúlio Vargas, com apoio da
maioria do povo brasileiro, enfrentou os udenistas/entreguistas, e criou em
1953, a gigante Petrobras. Essa empresa, que é orgulho nacional, tornou-se em
2014, a maior produtora entre as empresas de capital aberto do mundo.
Desde a sua criação a Petrobras
passou por vários modelos de administrações, o mais danoso para a empresa ocorreu durante o governo FHC.
A maior parte das riquezas do petróleo foi entregue às empresas estrangeiras. O
PSDB quase entregou a própria Petrobras ao vender, a preço vil, na Bolsa de
Valores de Nova York e São Paulo 108 milhões de ações, e por pouco não abriu
mão do controle estatal, tentou-se, inclusive, mudar o nome de Petrobras para
Petrobax. Além do que, a corrupção, segundo o delator Pedro Barusco, vem desde
1997, ou seja, no governo FHC.
No final do governo Tucano (2002) a
Petrobras valia, aproximadamente, US$ 15,4 bilhões. Os investimentos na empresa
foram da ordem de US$ 19 bilhões, a produção era de 1,5 milhão de barris
diários, a receita chegou a R$ 69,2 bilhões e o lucro a R$ 8,1 bilhões.
Com as vitórias dos governos
Trabalhistas de Lula e Dilma o cenário da empresa se transformou. Hoje a
empresa vale mais de US$ 110 bilhões. Os investimentos saltaram para US$ 104
bilhões em 2013. A produção subiu para 2,0 milhões de barris diários, a receita
saltou para R$ 281,3 bilhões e lucro chegou ao espantoso valor de R$ 22,2
bilhões.
E foi graças a esses investimentos
que a Petrobras descobriu, em 2008, jazidas de petróleo na camada do Pré-sal,
transformando a Petrobras numa das maiores produtoras de petróleo do mundo.
Diante dessa valiosíssima descoberta o
governo Lula numa atitude corajosa e verdadeiramente nacionalista, tomou várias
medidas para proteger essa riqueza. O primeiro passo foi mudar o modelo de
exploração, que passou de concessão para partilha, ou seja, garantiu a
Petrobras o monopólio do conhecimento da exploração e produção em águas
profundas. Depois foi determinada a utilização do conteúdo nacional na
exploração do Pré-Sal, 60% do que for investido na exploração do Pré-Sal tem de
ser produzido no Brasil, significando geração de emprego, produção tecnológica
e renda e cidadania para a população brasileira. Além, disso, ficou fixado que toda o que
significará R$ 1,3 trilhões nas próximas décadas.
No entanto, essas mudanças mexeram
com os interesses do capital internacional e dos sinhozinhos da "Casa
Grande", e aproveitando-se da Operação Lava-jato como álibi, esses
entreguistas iniciaram uma raivosa ofensiva contra a Petrobras e contra a
Presidenta Dilma.
Evidente que não negamos a
importância dessa Operação no desmonte da corrupção dentro da Petrobras, porém,
não há como negar, que está em curso a tentativa da oposição, com a colaboração
da “mídia nativa” e de outras forças, de tentar o impeachment da Presidenta
Dilma e ao mesmo tempo denegrir a imagem da Petrobras para forçar a sua privatização
ou, ao menos, retornar ao modelo de concessão para a exploração do Pré-Sal.
Aliás, o editorial do jornal "O Globo" do dia 23/02/2015, comprova
tal assertiva:"...Se a Petrobras, em condições normais, já tinha
dificuldades para tocar esse plano de pedigree “Brasil Grande”, agora é incapaz
de mantê-lo. Não tem caixa nem crédito para isso. Não há como sustentar o
modelo...".
A propósito, com relação a essa
estratégia dos neoudenistas já está havendo uma
forte reação de intelectuais, trabalhadores, Partidos de esquerda e de
movimentos sociais. O Manifesto lançado por esses grupos em
defesa da Petrobras é um exemplo dessa reação. Diz o texto: “...não
vamos abrir mão de esclarecer todas as denúncias, de exigir o julgamento e a
punição dos responsáveis; mas não temos o direito de ser ingênuos nessa
hora: há poderosos interesses contrariados pelo crescimento da Petrobras,
ávidos por se apossar da empresa, de seu mercado, suas encomendas e das imensas
jazidas de petróleo e gás do Brasil...”
Portanto, contra essa
ofensiva das forças reacionárias internas e externas que ameaçam a nossa
independência é imperioso que a Presidenta Dilma exerça a sua liderança e
comande esse movimento em defesa do sistema de Partilha, do Fundo Social e do
papel estratégico da Petrobras na exploração do Pré-Sal. Afinal, defender a
Petrobras significa defender o nosso futuro e a soberania
nacional. Trabalhadores brasileiros, uni-vos!
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