“Se
há um país que cometeu atrocidades indescritíveis no mundo é são
os Estados Unidos. Eles não se preocupam com os seres humanos.” Nelson
Mandela
É sabido
da importância do programa “Mais Médicos” para os brasileiros desassistidos.
Não é menos verdade também, que esse programa será uma poderosa ferramenta de
propaganda eleitoral para a Presidenta Dilma e para o ex-ministro Padilha que
concorrerá ao governo do estado de São Paulo nas eleições vindouras.
O governo
federal, somente nesse ano, deve investir mais R$ 2,0 bilhões no Programa,
atender mais de 45 milhões de cidadãos e contratar mais de treze mil
profissionais, sendo seis mil cubanos.
Diante da
grandeza desses dados e do sucesso do Programa junto à sociedade, a oposição e
a “mídia nativa”, conluiado com a Associação Médica Brasileira (AMB), começaram
a disparar seus ataques contrários ao programa. Primeiro, tentaram
desprestigiá-lo sob o argumento legal, alegando que os médicos estrangeiros
deveriam ter seus diplomas revalidados no Brasil, inclusive, impetraram várias
ações judiciais nesse sentido, mas perderam todas. Depois, vieram com a
conversa de que os médicos cubanos são incompetentes. Não satisfeitos, a
direita raivosa, comandada pelo ultraconservador Deputado Ronaldo Caiado (DEM)
apelou para o lado ideológico, aliás, onde se sente mais confortável.
Aproveitando-se da dissidência da médica cubana, Dra. Ramona, os “senhorzinhos
da Casa Grande” inovaram: denunciaram que os profissionais cubanos estão tendo
tratamento análogo ao trabalho escravo, e para tentar ganhar força para suas
pretensões, conseguiram um aliado de peso, experiente em sabotagem e
totalmente, inescrupuloso: os EUA.
A
imprensa, por motivos óbvios é claro, não divulga, mas existe nos EUA uma ONG
de faixada denominada “Solidariedade Sem Fronteiras”, financiada pelo governo
estadunidense, cujo objetivo é promover e operar deserções em convênios de
saúde firmados entre Havana e outros países. Essas manobras, além do caráter
ideológico faz parte do jogo sujo dos EUA, conforme observou o jornalista
Fernando Brito:“....os Estados Unidos, ao contrário do Brasil, não pagam a
Cuba por ter educado uma multidão de médicos de povão, o que falta na terra do
Tio Sam. Eles estimulam a fuga de médicos cubanos, concedendo visto de
imigração preferencial e usando uma organização chamada Solidariedad sin
fronteras, que paga uma bolsa de sete mil dólares para os que abandonarem o
país e fizerem um cursinho para a revalidação do diploma. A grande jogada:
pressão política sob Cuba e a questão financeira, pois, é muito mais barato
trazer os médicos do que formá-los”
A mídia
não informa, também, que dos atuais 66 países conveniados com Cuba, apenas 26
se enquadram na prestação de serviço pago, os outros 44 recebem os
profissionais gratuitamente. O mesmo ocorre com as missões de educação ou
esporte.
A
propósito, o jornalista Saul Leblon, escreveu: “...a exportação de serviços
rende a Havana, segundo a chancelaria cubana, cerca de US$ 6 bi/ano...A
exportação de serviços pagos - principalmente na área de saúde – financia as
missões solidárias destinadas a países de extrema precariedade econômica e
material ou focadas em situações de calamidade devastadora....Uma parte do
saldo financia as missões gratuitas que, repita-se, são a maioria. Outra
sustenta a Escola Latino-americana de Medicina, que possuía em 2013 cerca de 14
mil alunos estrangeiros, estudando gratuitamente ou com subsídio quase integral.
Frente a
tudo isso só nos resta perguntar: se os médicos cubanos são incompetentes por
que são cooptados pelos EUA? Cadê o Ministro de Relações Exteriores para apurar
o envolvimento dos EUA na sabotagem de um programa brasileiro? Deputado Ronaldo
Caiado: se “Vossa Excelência” está tão preocupado com o trabalho escravo, por
que votou contra o Projeto de Emenda Constitucional que trata do Trabalho
Escravo? A sociedade aguarda as respostas..!
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