Sabemos que um dos capítulos mais doloroso da nossa história contemporânea foi a cruel perseguição e a tentativa de genocídio do Povo Judeu pela doutrina racista e a política antissemita do III Reich. Aliás, vale registrar que os povos Ciganos passaram pelo mesmo holocausto, ou melhor, “Poraimos”, porém, os “historialistas” de plantão, escondem essa verdade, talvez, pelo fato do povo Cigano não possuir o grande poder financeiro do povo judeu.
No entanto, embora os judeus tenham sido vítimas das atrocidades nazista, logo se tornaram impiedosos algozes do povo palestino, utilizando métodos semelhantes de subjugar e submeter os palestinos às mesmas barbáries dos nazistas.
É sempre bom lembrar, que foi Israel que invadiu, em 1948, as terras dos palestinos para ampliar o seu Estado, expulsando mais de 800 mil palestinos e incendiando suas casas. É esse projeto colonial europeu, em aliança com os EUA e os Sionistas que a imprensa, mesmo diante da maior atrocidade contra o povo palestino, tenta esconder do mundo em benefício ao imperialismo sionista, aliás, a imprensa, em especial no Brasil, trata, absurdamente, os ataques de Israel com um certo ufanismo, enquanto o Hamas é tratado como uma organização terrorista, classificação essa, que nem a ONU rreconhece.
Mas essa posição pró Israel não é uma simples questão ideológica ou religiosa, trata-se de uma questão economica. É neste contexto que nos anos de 1990, surgem os interesses dos imperialistas do norte e de países europeus no controle de todas as regiões do mundo e em especial da região do Oriente Médio, onde há abundância de riquezas naturais e a presença de rotas comerciais vitais, como o Canal de Suez e a volúpia destes países se inicia mais fortemente, no final da Guerra Fria, por meio da falaciosa "Doutrina Wolfowitz" concebida em 1992.
Por essa e outras razões assistimos, mais uma vez, os EUA e outros países da Europa apoiando as barbáries cometidas pelo Estado Sionista de Israel contra os palestinos. O que estamos assistindo, dessa feita, é Israel atropelar os limites das normas do Direito Internacional e cometer, sem piedade, crime de guerra e o genocídio do povo palestino, mas além dessa tragédia, o que se constata, também nessa guerra, é a total falência dos organismos multilaterais, como, por exemplo, ONU e em especial o seu Conselho de Segurança que possui um anacrônico e inútil Estatuto que privilegia os interesses das grandes Nações, particularmente, do imperialismo estadunidense.
Neste diapasão e não menos importante, há que se salientar que toda guerra nada mais é do que alimento para tentar sustentar o falido capitalismo que tem na indústria armamentista seu principal “salva-vidas”. Aliás, o Editorial do periódico “Jornal O Trabalho” n. 924 vem ao encontro dessa premissa, quando informa que”… os gastos militares globais não param de crescer. São 8 anos consecutivos de incremento nos orçamentos nacionais de defesa, que somam, em 2023, a monstruosa cifra de $ 2,24 trilhões de dólares (mais de 11 trilhões de reais). O lucro proveniente dessa produção insana de armas não pode se realizar se essas armas não forem vendidas e para continuar vendendo elas precisam ser utilizadas em algum lugar. Elas precisam cumprir o seu objetivo – matar pessoas, destruir moradias, escolas e hospitais”.
Esse massacre cometido por Israel contra os palestinos já ultrapassou trinta dias e segundo os dados (subestimados) mais de 13 mil civis palestinos foram assassinados pelas Forças Armadas de Israel, dentro os quais, mais de 5 mil são crianças e 3.500 mulheres. Além disso, Israel bloqueou o acesso de mais de 2 milhões de pessoas a água, energia elétrica e combustível e se tudo isso não bastasse, as Forças Armadas de Israel bombardearam até hospitais e ambulâncias, o que demonstra a crueldade cometida por Israel por meio do seu primeiro-ministro, o sanguinário, Benjamin "Bibi" Netanyahu.
Não há dúvida de que se trata de uma agressão colonial de um Estado terrorista contra a Faixa de Gaza. É mais uma tentativa de uma limpeza étnica praticada por este Estado sionista. É o holocausto do povo palestino.
Ainda sobre essas atrocidades cometidas pelo governo de Benjamin Netanyahu, o professor de políticas públicas Samuel Braun, da UERJ, postou uma importante advertência no seu “X” afirmando com muita propriedade que “a maldição do genocídio, o horror demoníaco da destruição de milhares de vidas com crueldade, isso tudo está nas mãos, nas próprias almas dos sionistas, inclusive os do Brasil, que apoiam e correalizam o terrorismo. A história registrará os nomes de cada agente do holocausto palestino. Sabemos os nomes dos nazistas. Seus descendentes até hoje se escondem. O sionismo e seus colaboradores terão o mesmo destino2”.
Diferente do ex-presidente, vale destacar o papel desempenhado pelo presidente Lula, que condenou os ataques do Hamas, mas, por outro lado, foi firme nas críticas e condenou a desproporcionalidade dos ataques cometidos por Israel. No campo da diplomacia, o Brasil foi, também, preciso, ao conseguir, depois de muito esforço diplomático, repatriar mais de 1.200 brasileiros. Não obstante o importante papel do governo brasileiro, somos pelo entendimento que já passou da hora do governo Lula convocar os seus Embaixadores em Israel para retornarem ao Brasil, assim como foi feito pelos governos do Chile e da Colômbia e que, outrora, foi feito, também, pelo governo da presidenta Dilma, como forma de repudiar essas barbáries.