É sabido que o ex-presidente genocida passou seus quatro anos de mandato alimentando e incitando a violência, o ódio e pregando o golpe de estado, defendendo a tortura, torturadores e a ditadura militar.
O ex-presidente já sabendo da possibilidade de perder a eleição, estrategicamente, começou a alimentar a sua horda com a absurda narrativa de que as urnas eletrônicas que, diga-se de passagem, são as mesmas que o elegeu, não se podia confiar. Com esse discurso ele já tinha um álibi para justificar a sua derrota e inflamar seus fiéis seguidores, não deu outra! Encerrada a eleição com a vitória do presidente Lula, começaram, primeiro, a choradeira e depois descambou para os atos de violência.
Muitos fanáticos bolsonaristas afirmavam que não haveria a diplomação ou a posse do presidente Lula e de seu vice Alckmin, ledo engando, os dois foram devidamente diplomados e empossados em seus cargos, no entanto, realmente houve a tentativa de impedir a posse do presidente e de seu vice-presidente. Entra em campo o terrorismo bolsonarista que tem como estratégia criar as condições para um golpe militar.
Tudo teve início com os absurdos acampamentos, alguns como se fossem colônias de férias, de terroristas travestidos de manifestantes em áreas militares com a total complacência e leniência dos comandantes dos Quarteis. Esses acampamentos serviram de guarita e foram verdadeiras células de abrigo para estes terroristas que de lá saiam para as suas criminosas missões que, sabidamente, estão sendo financiadas por empresários fascistas de várias áreas econômicas, não podendo descartar, também e em tese, o dedo do mequetrefe ex-presidente, de seus filhos e de parlamentares ligados ao bolsonarismo raiz.
Neste contexto, os brasileiros assistiram a primeira tentativa de um atentado terrorista em terras tupiniquins. Um terrorista chamado George Washington de Oliveira Sousa preparou um atentado a bomba nas imediações do Aeroporto Internacional de Brasília com o propósito de impedir a posse do presidente Lula no dia 1º de janeiro foi um claro sinal de que a situação era gravíssima. O terrorista George Washington disse em seu depoimento que resolveu “elaborar um plano com os manifestantes do QG do Exército para provocar a intervenção das Forças Armadas e a decretação de estado de sítio para impedir instauração do comunismo Brasil. No dia vários manifestantes do acampamento conversaram comigo e sugeriram que explodíssemos uma bomba no estacionamento do Aeroporto de Brasília durante a madrugada e, em seguida, fizéssemos denúncia anônima sobre a presença de outras duas bombas no interior da área de embarque”.
Em texto anterior, prevíamos que a preparação deste ato terrorista em Brasília seria parte de um plano mais audacioso da extrema direita com objetivo de detonar atos violentos em várias partes do país.
Empossados o presidente Lula e o seu vice Alckmin, aliás, uma linda e significativa posse, o tempo foi passando e tudo parecia dentro da normalidade, ou quase tudo, pois, os estruturados acampamentos, onde o ovo da serpente estava sendo chocado, continuavam levantados, especial e coincidentemente, o de Brasília, o que já era um claro sinal de que algo muito pior estava por vir e realmente esse receio se concretizou no dia 08/01/2023, com a explosão do maior ato criminoso já ocorrido em Brasília. Um bando de terroristas/bolsonaristas devidamente organizados, tentaram preparar as condições para um golpe militar invadindo os históricos Prédios da Praça dos Três Poderes e saquearam vários objetos e documentos e depredaram suas dependências de forma violenta e selvagem, quebrando tudo que se via pela frente, inclusive, importantes e valiosas obras de arte, como, por exemplo, vários painéis e quadros do grande artista Di Cavalcante.
Depois do ocorrido vieram os balanços, não apenas dos danos materiais, mas em especial, o agravo à democracia e ao povo brasileiro. As primeiras investigações apontam que os grandes responsáveis por essa barbárie foi o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha e o seu ex-secretário de segurança pública, Anderson Torres, que não cumpriram os protocolos, anteriormente definidos, frente a possibilidade de uma manifestação violenta em Brasília. O primeiro, foi afastado do cargo por 90 dias e o segundo teve sua prisão decretada, ambos por decisão do Plenário do STF. No entanto, um fato chamou a atenção nesse importante e urgente julgamento, apenas os ministros, Kassio Nunes e André Mendonça, os "terrivelmente evangélicos" não acompanharam o voto do Ministro Relator, Alexandre de Moraes, o que significa que, realmente, era pretensão do ex-presidente, se reeleito, aparelhar a Suprema Corte do país. E você caro leitor, achou uma mera coincidência os dois votos contrários ou foi mais um ato de lealdade dos dois ministros ao ex-presidente?
Comitante a essas decisões, o presidente Lula decretou a intervenção na Secretaria de Segurança Pública do GDF e foi graças a essa intervenção que se conseguiu debelar o conflito, expulsar os criminosos da Praça dos Três Poderes e prendê-los em flagrante delito. Foram presos, provisoriamente, mais de 1.500 terroristas entre invasores da Praça dos Três Poderes e acampados. Sem dúvida que foi a democracia venceu essa batalha, no entanto, a guerra não terminou e certamente outras batalhas estão por vir.
Evidente, que toda essa barbárie não pode recair apenas nas costas do GDF que é o responsável pela segurança do Distrito Federal. Não temos dúvidas que houve, no mínimo, leniência por parte do Exército Brasileiro, mas, especificamente, do comando do Quartel General do Exército em Brasília. A permanência do acampamento dos terroristas em área militar é uma das provas incontestáveis dessa afirmativa e tem que ser investigado a fundo a responsabilidade do comando, não esquecendo, também, dos militares que protegem o Palácio do Planalto que, "coincidentemente", se encontrava com suas portas fechadas apenas com trinco da maçaneta, ou seja, sem chavear, tanto, que essa não foi quebrada. Realmente, assiste razão ao brilhante jornalista Breno Altman quando diz que "...a moradia da hidra golpista está nas Forças Armadas...1"
Neste contexto, e a título de atualização do conteúdo deste texto, mais especificamente, sobre a participação do Exército e não mais a sua complacência e leniência como afirmamos acima, é a noticiado pelo jornal The Washington Post de que "o Exército dispôs de tanques e três linhas de soldados para impedir as detenções [no acampamento], e duas testemunhas relataram que o comandante general, Julio César de Arruda afirmou a Flávio Dino: você não vai prender as pessoas aqui".
Essa participação direta do Exército nos atos terroristas, não nos surpreende, o que nos causa espanto, se verdadeira essa notícia, é o silêncio do Ministro da Justiça sobre este gravíssimo fato de desafio promovido por esse general. Esse comandante tem que ser destituído do comando, imediatamente!
Outra responsabilidade,
essa, porém, pode caracterizar sabotagem, foi a notícia trazida pelo jornalista
Marcelo Godoy do jornal “Estadão”, de que cerca de 20 horas antes da invasão do
Palácio do Planalto, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) dispensou por
escrito o pelotão de 36 homens do Batalhão da Guarda Presidencial. Segundo o
jornalista "O domingo, porém, amanheceu na Esplanada com a sede do governo
federal apenas com o efetivo da guarda normal, quase desprovida de equipamento
de controle de distúrbios civis...só no início
da tarde que o Comando Militar do Planalto (CMP), por iniciativa própria,
entrou em contato com o GSI e reenviou o pelotão ao Planalto. Trata-se de uma
tropa muito menor do que a mobilizado em outras situações, a pedido do gabinete2".
Afora essas responsabilidades, entendemos que se deve analisar também, a relação amistosa que o governo Lula achou que deveria ter com as Forças Armadas e que para tanto, nomeou José Múcio como Ministro da Defesa. Um político apaziguador, sereno, com bom trânsito entre os comandos das Forças Armadas, mas, que na verdade, se mostrou muito condescendente, afável, inocente e fraco no trato com os comandantes, especialmente, com relação aos acampamentos em área militar, atitude que, ao nosso ver, estimulou o empoderamento desses militares. Somos pelo entendimento que não se deve ir para o confronto com os militares, mas, tem que deixar claro que o comando mudou e que o comandante-em-chefe, queira ou não, chama-se Luís Inácio Lula da Silva e a ele que os militares das três forças devem obediência.
O fato é que se tem muita coisa a ser apurada pelo Sistema Judiciário e muitas medidas urgentes a ser tomadas pelo governo Lula e nesse sentido somos de opinião que sejam adotadas as seguintes providências: a primeira medida é judicial, buscar e punir civil e criminalmente, o mais rápido possível e de maneira rigorosa, os financiadores e todos os envolvidos nesse e em outros atos criminosos de cunho político; monitoramento pela Abin, dia e noite, desse movimento de extrema-direita; exigir o imediato desmonte de todos os acampamentos terrorista/bolsonarsita; acelerar a revogação dos decretos de sigilo de 100 anos do ex-presidente genocida e dá conhecimento público; retirar a Abin da Pasta do GSI; exonerar todos os militares que ocupam cargos civis no governo e punir todos os militares da ativa que participaram de manifestações, não há espaço para a tutela militar; exonerar o atual Ministro da Defesa e nomear uma pessoa que imponha mais respeito junto as Forças Armadas, como por exemplo, a presidenta Dilma Rousseff; não ser condescendente com governadores que, minimamente titubear com relação a esses atos; criar o Ministério de Segurança Pública e propor EC para retirar do GDF o comando da segurança do Distrito Federal, passando o mesmo para governo federal, e por derradeiro, propor um amplo debate com a sociedade e com setores interessados a regulamentação dos meios de comunicação e das redes sociais.
Por fim, somos sabedores de que há pouco tempo para extirpar esse movimento da extrema-direita que, visivelmente, se encontra muito bem organizado e que tem objetivo claro, criar um clima de desordem, terror e caos no país para que possa justificar a intervenção e o golpe militar. Por essa razão, impõe-se ao governo Lula, as instituições, aos movimentos sociais, populares e sindicais uma enérgica e certeira ação para estancar e debelar, o mais rápido possível, esse movimento fascista, pois, o ovo da serpente se encontra trincado e a qualquer momento ele poderá quebrar e levar o país a retrocessos e ao obscurantismo de outrora que tanto mal fez ao povo brasileiro. Todo cuidado é pouco!
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