Por: Odilon de Mattos Filho
No ano de 2009 durante a Cúpula do G-20 em Londres, o presidente dos EUA Barack Obama revelou ao mundo ter um "brother" no G-20: Luiz Inácio Lula da Silva, afirmando que Lula é o presidente mais popular da terra e cunhou a célebre frase: “esse é o cara”!
E realmente o presidente Obama tinha razão!
Encerrados os dois mandatos do presidente Lula que alcançou o maior índice de popularidade da história política do país, chegando à espantosa marca de 86% de aprovação, as elites atônitas com esse resultado, não pestanejaram e lançaram o mais duro, cruel e covarde ataque contra o presidente Lula que foi a implacável perseguição política realizada por boa parte da imprensa e do Sistema Judiciário Brasileiro por meio da operação Lava-jato.
Um ano depois das eleições de 2018, ou seja, depois que as elites conseguiram o seu objetivo de impedir a candidatura de Lula, o STF soltou o presidente Lula e diante das robustas e inequícas provas, julgou que o ex-juiz Sérgio Moro agiu de forma suspeita e parcial em todos os processos do ex-presidente, com isso, todas ações foram arquivadas e/ou anuladas e Lula recuperou os seus direitos políticos, reaparecendo no cenário político como uma Fénix, fato que se comprova com as atuais pesquisas de opinião pública que apontam que Lula poderá ser eleito presidente da república em 02/10/2022, inclusive, podendo vencer no primeiro turno.
Muitos apregoam que essa liderança do Lula nas pesquisas se deve à escolha de Alckmin como vice e o amplo arco de aliança montado pelo PT para a disputa desse pleito, a chamada Frente Ampla que abarca nove Partidos que vão desde o PCdoB e PSOL até o Partido de direita PSD.
Mas, por outro lado, muitos não concordam com essa Frente Ampla, dentre eles, este modesto escriba, que preferiria uma Frente Única composta somente por Partidos de esquerda, até porque, Lula. naturalmente, atrairia outros Partidos e não precisaria colocar em risco o seu futuro governo e a aprovação das contrarreformas que tanto a classe trabalhadora almeja, inclusive, a convocação de uma Constituinte livre e soberana.
É sabido que a força e a grande liderança que o presidente Lula exerce no mundo político, se deve a experiência e a sua peculiar força argumentativa que trafega entre a pureza e a sua aguçada inteligência para dialogar com todos os estratos sociais, em especial, a classe mais pobre.
Depois de ser covardemente massacrado pela mídia, durante a operação Lava-jato, em especial, pelo Grupo Globo, eis que Lula volta a TV Prateada para participar de uma série de entrevistas que o JN está relaizando com os principais candidatos a presidente da república em 2022 e diante de seu maior algoz, William Bonner, o presidente Lula demostrou de forma inequívoca o seu preparo, experiência e a sua grande liderança.
Na entrevista de ontem, dia 25/08/2022, quando muitos imaginavam que Lula ficaria constrangido ou partiria para uma vigança, Lula agiu diametralmente ao contrário, simplesmente, “jantou” o jornalista William Bonner e diferentemente de Bolsonaro, foi extremamente cortês e respeitoso com a jornalista Renata Vasconcellos.
Com muito maestria o presidente Lula conseguiu mandar o seu recado à camada mais popular da sociedade, para tanto, dialogou diretamente com essa parcela da população, utilizando-se de expressões de forte empatia com o povão como por exemplo: cerveja, churrasco e futebol. Um show! Depois, para afastar o fantasma da radicalização e respondendo uma pergunta capciosa de Bonner, Lula elogiou e enalteceu o seu vice-presidente na chapa, Geraldo Alckmin e justificou a sua escolha com uma frase do mestre Paulo Freire: “De vez em quando a gente precisa estar com os divergentes para derrotar os antagônicos”. Em seguida Lula saiu em defesa e foi solidário e fiel à presidenta Dilma Rousseff. Quando foi perguntado sobre polarização política, Lula disse que essa polarização não pode ser transformada em violência e ódio, pois a divergência é salutar para o processo democrático. Por fim, não se intimidando e reforçando o seu lado ideológico não se furtou em defender e mostrar a importância do MST, inclusive, para a economia do país.
Resumindo, essa entrevista mostrou que Lula foi Lula e que hoje está muito mais preparado e experiente para governar a Nação. Lula comprovou a assertiva de Barack Obama e deixou “a imagem de que de fato é “um de nós” – como já é identificado nas franjas periféricas da sociedade brasileira1”.
Não temos a menor dúvida de que depois dessa entrevista o presidente Lula se consolida ainda mais como favorito e em condições normais de pressão e temperatura somente uma catástrofe pode tirar a sua vitória. Porém, sabemos que o cenário politico está longe dessa normalidade, ao contrário, o ovo da serpente já quebrou, as vivandeiras estão soltas e os sinais de ruptura institucional estão cada vez mais visíveis. Portanto, todo cuidado é pouco!
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