quinta-feira, 25 de julho de 2013
"VEJA": VERDADEIRAMENTE UM "DETRITO DE MARÉ BAIXA"
"Se você não cuidar, os jornais farão você odiar as pessoas
que estão sendo oprimidas, e amar as pessoas que estão oprimindo" Malcoml X
Os exemplos dessa postura preconceituosa e
elitista da “Veja” estão claros em suas matérias e artigos,
especialmente, contra o ex-presidente Lula, que se tornou a caça
predileta dos barões da mídia, tanto, que não foi poupado nem
mesmo na fase mais crítica de sua vida, quando foi descoberto o
câncer em sua laringe.
Aliás, a caçada ao ex-presidente Lula continua. No dia 01/07/2013, e dando prosseguimento ao seu instinto preconceituoso, a revista "Veja", encarregou o "jornalista" Augusto Nunes para desferir mais uma ataque. Dessa feita o meio utilizado foi o deboche. O "jornalista" realizou um "concurso" junto ao internautas, ou melhor, aos "coxinhas" de plantão, para saber "qual é o título do livro que Lula vai escrever para entra na Academia Brasileira de Letras?"
Evidente que os participantes,
que, diga-se de passagem, são da mesma laia do “jornalista”
deitaram e rolaram em suas sugestões que foram desde “Beber, falar
e tapear”, até a vencedora do “concurso”: “Rose e Eu: Casais
inteligentes enriquecem juntos”.
Esse “concurso” mostra de maneira cabal a que ponto de
decadência e de falta de ética que o jornalismo brasileiro chegou.
Por outro lado, essa atitude fortalece a necessidade de uma Lei de
imprensa para coibir esses abusos e garantir o direito de reposta. E
não me venha dizer em liberdade de expressão ou de imprensa! Em
qualquer país civilizado do mundo isso não ocorreria, não pelo
fato de ser o cidadão Lula, mas porque se trata de um desmedido
deboche à um ex-presidente da República reconhecido, mundialmente,
como uma das maiores lideranças populares da América Latina.
A propósito, nesse sentido o
jornalista Paulo Nogueira escreveu: “O texto de Augusto Nunes na
Veja ilustra a necessidade torrencial de discutir os limites da mídia
no Brasil. Todo país socialmente avançado tem regras e limites em
nome do interesse público...O bom jornalista Flávio Gomes, no
Twitter, afirmou que Lula deveria processar Nunes. Isso se ele
pudesse processar nos Estados Unidos, e não no Brasil. Aqui seria
simplesmente inútil: o processo seria usado freneticamente como
prova de intolerância de Lula à “imprensa livre...E
se alguém enveredar pela vida pessoal de Augusto Nunes? Tudo bem?
Não, não está tudo bem. A beleza de limites para abusos da mídia
é proteger Augusto Nunes de jornalistas como Augusto Nunes”.
Mas se não bastasse essa
baboseira do “concurso”, Augusto Nunes teve o desplante de
criticar de forma odiosa e vil o jornalista Paulo Nogueira pelos seus
comentários acima citados, que convenhamos, foram extremamente
elegantes e éticos perto das ofensas pessoais e profissionais
desferidas pelo “jornalista” da “Veja”, tanto, que recusamos
transcreve-las.
Frente a essa verdadeira barbárie midiática, fica aqui nosso
veemente protesto contra esse sujeito que se intitula “jornalista”.
Por outro lado, clamamos à Presidenta Dilma que encaminhe para o
Câmara dos Deputados a “Lei de Médios” preparada pelo brilhante
jornalista e ex-ministro Franklin Martins, pois, somente com essa lei
podemos por fim ao monopólio da mídia, fortalecer a liberdade de
imprensa e de expressão, e ao mesmo tempo, proteger a sociedade para
que tenha um rápido e pronto direito de resposta contra esses
infames e às vezes caluniosos ataques da mídia.
Por
fim desafiamos o “ilustre” jornalista para que prepare um novo
“concurso” com os seguintes temas: 1- O que você doaria para
salvar a dívida de R$ 615 milhões (sem atualização) da Globo,
fruto de sonegação e lavagem de dinheiro em paraísos fiscais? 2-
Quanto que você acha que a Funcionária Pública recebeu para roubar
o Processo da Globo na Receita Federal?
sexta-feira, 12 de julho de 2013
quinta-feira, 11 de julho de 2013
O IMPÉRIO DO MAL ATACA OUTRA VEZ
"O melhor meio de os Estados Unidos combaterem o
terrorismo é deixarem de ser um dos principais terroristas do mundo".
Noam
Chomsky
Somos
sabedores da histórica arrogância dos EUA e o seu obstinado desejo de serem os
tutores do mundo, mesmo contra a vontade de alguns países soberanos.
Nesses
últimos dias o mundo foi sacudido com notícias que desnuda, de uma vez por
todas, essa soberba estadunidense.
A primeira
e estarrecedora notícia foi o caso da interceptação do avião do Presidente
Boliviano, Evo Morales a pedido do governo dos EUA que suspeitava que estava a
bordo da aeronave do Presidente Venezuelano o técnico em informática e
ex-agente da CIA, Edward Snowden, procurado como um traidor da pátria ianque,
mas que na verdade trata-se de um cidadão que prestou um elevado serviço ao
mundo, denunciando um criminoso sistema arapongagens do governo do seu país.
A
propósito, o Presidente Evo Morales disse: "Não sou um criminoso. Isso é
um pretexto para tentar me amedrontar, intimidar e castigar. Um pretexto para
tentar nos calar na luta contra as políticas econômicas de dominação...Só quero
dizer a alguns países europeus que se livrem do império norte-americano. Já
passamos da época do colonialismo".
Aliás,
sobre esse fato ocorrido com o Presidente Venezuelano, há que se registrar o
covarde e inaceitável silêncio da diplomacia brasileira frente essa gritante
violação das regras do direito internacional.
A segunda
notícia que abalou o mundo foram as revelações do ex-agente da CIA, Edward
Snowden de que o EUA montara um poderoso esquema de vigilância e monitoramento
de telefones e dados de internet do mundo todo. Segundo a denúncia, somente no
Brasil foram monitorados mais de um bilhão de mensagens da internet e
telefônicas.
De acordo
com o post publicado no sitio “Opera Mundi” “algumas das empresas mais
conhecidas e importantes da internet foram obrigadas a cederem dados de
clientes para o governo dos Estados Unidos. Entre as companhias que tiveram
seus sistemas acessados pela Agência de Segurança Nacional/NSA, estão Google,
Facebook, Microsoft, Yahoo, Skype e YouTube.
Com relação a essas espionagens o
Ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse: "...Com certeza uma
parte de interesse dessa bisbilhotagem é a espionagem comercial, industrial,
formas de burlar a concorrência. Não duvido nada disso...De qualquer maneira,
ouvir ligação, copiar dados é crime. Não só no Brasil, como em todos os países
civilizados do mundo. Temos que dizer isso claramente. E se isso ocorreu no
país, tem que ser tratado como tal".
Frente a essa criminosa
arapongagem estadunidense, não pairam dúvidas de que a nossa soberania corre sério
risco, e não podemos nos esquecer que parte do sucesso dessa espionagem no
Brasil veio com as seguidas políticas de submissão do governo brasileiro ao
“império do mal”, fato que curiosamente, vários Presidentes, em especial, FHC disse não conhecer. No
entanto, o Jornalista Bob Fernandes joga por terra esse falso
argumento quando afirma: “O ex-presidente FHC diz que nunca soube de espionagem da CIA no
Brasil, porém, entre março de 1999 e abril de 2004, publiquei 15 longas e
detalhadas reportagens na revista CartaCapital
sobre o tema. Documentos, nomes, endereços, histórias provavam como
os Estados Unidos espionavam o Brasil. Documentos bancários mostravam como, no
governo FHC, a DEA, agência norte-americana de combate ao tráfico de drogas,
pagava operações da Polícia Federal. Chegava inclusive a depositar na conta de
delegados, porque aquele era um tempo em que a PF não tinha orçamento para
bancar todas operações e a DEA bancava as de maiores dimensão e urgência. A
CIA, pagou uma base eletrônica da PF em Brasília, até os tijolos...Para
trabalhar nessa base, até o inicio da gestão do delegado Paulo Lacerda, em
2002, agentes e delegados da PF eram submetidos ao detector de mentiras nos
EUA ..Carlos Costa chefiou o FBI no Brasil por 4 anos. Em entrevista de 17
páginas, em março de 2004, revelou: serviços de inteligência dos EUA haviam
grampeado o Itamaraty. Empresas eram espionadas. Nem o Palácio da Alvorada
escapou”.
Mas a
audácia dos estadunidenses não para por aqui. Parlamentares pressionam o
Presidente Obama para ameaçar com sanções econômicas e comerciais os países
latino-americanos que derem asilo político ao ex-agente da CIA, Edward
Snowden. Um disparate tão sem propósito que não dá nem para cobrar uma ação
diplomática, o que temos a fazer é simplesmente ignorar e considerar essa
proposta uma pirracinha de meninos mimados.
Outra
denúncia de espionagem, e essa com um espião especial
e global fora postado no “JB on line”. Documentos do Wikileaks
apontam o jornalista da Rede Globo William Waack, como um importante
“colaborador” dos interesses do governo dos EUA. Segundo a matéria do JB, “um
dos documentos é sobre a visita de um porta-aviões dos Estados Unidos em maio
de 2008. Na ocasião, a Embaixada Americana classificou como positiva a
repercussão na mídia do evento, citando William Waack diretamente por ter
ajudado a mostrar o lado positivo das relações do Brasil com os Estados Unidos
em reportagens para o jornal O Globo. Os outros dois documentos são sobre
informações repassadas por Waack a representantes americanos sobre as eleições
presidenciais do ano passado”.
Diante de tudo isso, fica claro o
poderio de espionagem dos ianques e a imperiosa necessidade de uma imediata
ação dos organismos internacionais contra os EUA. Ao governo brasileiro cabe
tomar duras e firmes providências na área diplomática, exigir uma melhor preparação
da Polícia Federal e da ABIM contra esses ataques de espionagens e construir um
sistema de satélite próprio para nos preservar. Somente com essas e outras
medidas avançaremos como um país livre e soberano.
segunda-feira, 8 de julho de 2013
RADICALIZAR A DEMOCRACIA
"Não há democracia política que resista a tão dramáticas diferenças sociais. O agravamento das desigualdades é um convite às soluções de força." Luis Inácio Lula da Silva
É sabido
que existem várias definições sobre democracia. Resumidamente, é um sistema no
qual os cidadãos participam da vida política do seu país, por meio de eleições,
plebiscitos e referendos. Democracia vem do grego demo que significa povo e do prefixo kracia que significa governo, ou seja, governo do povo.
Nesses
últimos dias a palavra democracia ganhou destaque, especialmente, com as
manifestações “populares” que eclodiram em todo país e após a Presidenta Dilma
propor ao Congresso Nacional a realização de um plebiscito para que o povo
decida sobre a convocação de uma Constituinte exclusiva para realizar a reforma
política, ou para deliberar sobre alguns pontos dessa reforma. E foi exatamente
essa proposta que despertou calorosas discussões jurídicas e políticas.
No primeiro
caso, alguns juristas afirmam que a Presidenta não tem competência para
convocar um plebiscito e tampouco uma Assembleia Constituinte, pois, essas
matérias são de competência exclusiva do Congresso Nacional. Contudo, os
analistas de plantão e alguns juristas, de maneira proposital, distorceram a
proposta da Presidenta, pois, é sabido que a mandatária apenas sugeriu ao
Congresso Nacional a realização desse pleito, ou seja, passou a bola para os
Deputados e Senadores decidirem.
Mas
malgrado a importância dessa proposta, entendemos que o país necessita mesmo é
de uma profunda ruptura com o atual modelo político e econômico. Nesse sentido,
reputamos que a posição política mais avançada vem do Senador Roberto Requião
(PMDB/PR), que de maneira brilhante asseverou que o desenvolvimento político,
econômico e social do Brasil exige a radicalização da democracia, e não “um
arremedo de mudança, de reforma, de quebra-galho, emplastro ou cataplasma que
tenta distrair o país”.
E realmente
o Senador tem razão. O País, não pode mais ficar refém dos rentistas,
especuladores e de uma velha oligarquia política que tem no fisiologismo e na
barganha o seu lucro fácil, e o seu meio de vida. Chega! O nosso país não tem
mais espaço para essa corja. Por isso a necessidade de se radicalizar nas
transformações que o povo brasileiro exige, preservando os consideráveis
avanços sociais dos últimos dez anos e ampliando, ainda mais, essas e outras conquistas.
Aliás, nesse sentido o Senador
Requião com muita propriedade disse que a radicalização da democracia exige a
adoção de medidas profundas, e citou em seu discurso várias delas, eis alguns
pontos: “no campo econômico, é preciso reintroduzir o
planejamento econômico indicativo para setor privado e determinativo para setor
público; fazer a reforma agrária; estatizar o sistema bancário; reestruturar o
sistema financeiro; conferir ao Banco Central triplo mandato para o controle da
inflação, a sustentação do crescimento econômico e a garantia do emprego
maximo; reindustrializar o Brasil, e investir pesadamente em ciclos novos de
tecnologia... No campo social, é
preciso introduzir o princípio da renda mínima incondicional de cidadania como
base das relações sociais; e no campo político a adoção do financiamento
público das campanhas eleitorais; a realização de plebiscitos e referendos em
questões de grande interesse nacional; a adoção de orçamentos participativos; o
fim do monopólio da mídia, com a adoção de medidas como a proibição de
propriedade cruzada nos meios de comunicação; e a garantia do direito de
resposta e ao contraditório nos veículos de comunicação”.
Não temos dúvidas de que essas e
outras medidas propostas pelo Senador
Requião poderiam colocar o País em um melhor patamar econômico, social e político, pois, todas
elas têm o condão de eliminar de uma vez por todas, os históricos vícios que
tomam conta da classe política e da oligarquia brasileira.
E
o momento para essa ruptura é agora. E somente a Presidenta Dilma juntamente
com a esquerda brasileira e as forças populares e progressistas do país possuem
condições políticas para implantar essas reformas que, verdadeiramente,
significam radicalizar a nossa democracia.
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