Respeitem Lula!

"A classe pobre é pobre. A classe média é média. A classe alta é mídia". Murílio Leal Antes que algum apressado diga que o título deste texto é plágio do artigo escrito por Ricardo Noblat (...)

A farsa do "Choque de Gestão" de Aécio "Never"

“Veja” abaixo a farsa que foi o famoso “Choque de Gestão” na administração do ex-governador Aécio “Never" (...)

A MAIS TRADICIONAL E IMPORTANTE FACULDADE DE DIREITO DO BRASIL HOMENAGEIA O MINISTRO LEWANDWSKI

"O Ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski recebeu um “voto de solidariedade” da Faculdade de Direito da USP (Universidade de São Paulo) pela “dedicação, independência e imparcialidade” em sua atuação na corte. (...)

NOVA CLASSE "C"

Tendo em vista a importância do tema, reproduzimos post do sitio "Conversa Afiada" que reproduz trecho da entrevista que Renato Meirelles deu a Kennedy Alencar na RedeTV, que trata da impressionante expansão da classe média brasileira. (...)

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

SIP REÚNE O BARONATO DA GRANDE MÍDIA


"O resto do mundo é mero aprendiz do Brasil em matéria de concentração da propriedade da mídia"

Foi realizada na cidade de São Paulo, entre os dias 12 e 16 de outubro, a 68ª Assembleia Geral da SIP (Sociedade Interamericana de Imprensa). O evento contou com a participação de 600 convidados. O tema central da Assembléia foi a “liberdade de imprensa e direito à privacidade”.

A SIP foi criada em 1943, e está sediada em Miami nos EUA. Essa entidade se identifica como uma organização que se dedica a defender a liberdade de expressão e de imprensa em todas as Américas. Porém, é bom lembrar que a SIP, como bem afirma Leandro Fortes, “foi transformada [na época da guerra fria], em braço funcional da CIA e do Departamento de Estado dos EUA para dar suporte aos movimentos golpistas bancados pelos ianques na América Latina”. Portanto, só por esse fato a entidade já nos afigura como suspeita para falar em democracia. 


Mas de qualquer maneira, o luxuoso evento do baronato da mídia aconteceu, e só não ganhou mais destaque junto às elites, por um fato: a ausência da Presidenta Dilma. Contudo, esse episódio, serviu para libertar os barões da mídia para intensificarem os falsos discursos sobre os perigos que pairam em relação ao cerceamento à liberdade de imprensa no Brasil.

Nesse contexto Milton Coleman, presidente da SIP e do The Washington Post, disse que acredita que o Brasil ocupa melhor posição em termos de garantia da liberdade de expressão do que muitos países do continente. No entanto, utilizando-se de uma conhecida arma midiática, a conjunção adversativa “MAS”, o jornalista emendou: “Mas ainda não sabemos os rumos do país quando vemos o governo federal silenciar sobre violações da liberdade de imprensa cometidas por outros países na região”.

Evidente que o Presidente da SIP se referia à Lei dos Meios da Argentina, que ao contrário do que alegam, essa lei, conforme citada no sitio da Carta Maior, “define a radiodifusão como atividade a serviço do direito à informação e não um simples negócio, portanto, imiscível com a natureza do monopólio que aborta a pluralidade e o discernimento crítico daí decorrente”.

Contudo, os barões da mídia esconderam da opinião pública, como é típico deles, que a “ONU avaliou como modelar a legislação argentina. Inclusive, Frank La Rue, relator especial das Nações Unidas para a Liberdade de Opinião e de Expressão, disse que a lei merece elogios, tanto, que pretende divulgá-la como uma referência para o fortalecimento da democracia e da diversidade da informação em outros países".  
  
Já pelo lado brasileiro, destacamos a fala da ex-presidente da Associação Nacional de Jornais, Judith Brito, que com o mesmo tom ameaçador e contrário a qualquer marco regulatório dos meios de comunicação, disse: “Algumas coisas são inegociáveis. E não há democracia sem imprensa livre. Estamos vendo isso no Brasil na questão do mensalão. Foi a mídia impressa que fez as investigações que estão mudando a cara do país....Nós mudamos o fluxo da história”.

Realmente, quase que se mudou o caminho da história, pois, a mídia esperava que o cronometrado Processo do “mensalão” fosse a bomba relógio que explodiria sobre o PT nessas eleições, porém, pelos primeiros resultados, o barulho dessa bomba não passou de um traque, conforme escreveu Altamiro Borges, e o “fluxo da história”, conforme se vê, continua no mesmo caminho traçado pelo povo brasileiro, a partir de 2002.

Por fim, e afora os velhos chavões que emolduraram os discursos, o que restou claro dessa assembleia, conforme escreveu o jornalista Leandro Fortes, foi o medo que os barões da mídia demonstraram “do admirável mundo novo aberto pela internet” e o pavor que eles sentem com politização e a conscientização dos povos latinos sobre a necessidade de se colocar um fim nos oligopólios da grande mídia.

De resto, vale parabenizar a Presidenta Dilma por não ter participado da Assembleia da SIP. Esperamos que esse emblemático gesto seja o ponta pé para se reiniciar as discussões sobre uma Ley de Medios que levará a regulamentação desse setor e, por conseguinte, a democratização dos meios de comunicação no Brasil.


sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Mídia & Política reproduz o excelente texto de Wanderley Guilherme dos Santos:


"DIVULGUEM A TEORIA POLÍTICA DO SUPREMO"
Wanderley Guilherme dos Santos

"Diante de um Legislativo pusilânime, Odoricos Paraguassú sem voto revelam em dialeto de péssimo gosto e falsa cultura a raiva com que se vingam, intérpretes dos que pensam como eles, das sucessivas derrotas democráticas e do sucesso inaugural dos governos enraizados nas populações pobres ou solidárias destes. Usando de dogmática impune, celebram a recém descoberta da integridade de notório negocista, confesso sequestrador de recursos destinados a seu partido, avaliam as coalizões eleitorais ou parlamentares como operações de Fernandinhos Beira-mar, assemelhadas às de outros traficantes e assassinos e suas quadrilhas.

Os quase quarenta milhões de brasileiros arrancados à miséria são, segundo estes analfabetos funcionais em doutrina democrática, filhos da podridão, rebentos do submundo contaminado pelo vírus da tolerância doutrinária e pela insolência de submeter interesses partidariamente sectários ao serviço maior do bem público. Bastardos igualmente os universitários do Pró-Uni, aqueles que pela primeira vez se beneficiaram com os serviços de saúde, as mulheres ora começando a ser abrigadas por instituições de governo para proteção eficaz, os desvalidos que passaram a receber, ademais do retórico manual de pescaria, o anzol, a vara e a isca. Excomungados os que conheceram luz elétrica pela primeira vez, os empregados e empregadas que aceitaram colocações dignas no mercado formal de trabalho, com carteira assinada e previdência social assegurada. Estigmatizados aqueles que ascenderam na escala de renda, comparsas na distribuição do butim resultante de políticas negociadas por famigerados proxenetas da pobreza.

Degradados, senão drogados, os vitimados pelas doenças, dependentes das drogas medicinais gratuitas distribuídas por bordéis dissimulados em farmácias populares. Pretexto para usurpação de poder como se eleições fossem, maldigam-se as centenas de conferências locais e regionais de que participaram milhões de brasileiros e de brasileiras para discussão da agenda pública por aqueles de cujos problemas juízes anencéfalos sequer conhecem a existência.

O Legislativo está seriamente ameaçado pelo ressentimento senil da aposentadoria alheia. Em óbvia transgressão de competências, decisões penais lunáticas estupram a lógica, abolem o universo da contingência e fabricam novelas de horror para justificar o abuso de impor formas de organização política, violando o que a Constituição assegura aos que sob ela vivem. Declaram criminosa a decisão constituinte que consagra a liberdade de estruturação partidária. Vingam-se da brilhante estratégia política de José Dirceu, seus companheiros de direção partidária e do presidente Lula da Silva, que rompeu o isolamento ideológico-messiânico do Partido dos Trabalhadores e encetou com sucesso a transformação do partido de aristocracias sindicais em foco de atração de todos os segmentos desafortunados do país.

Licitamente derrotados, os conservadores e reacionários encontraram no Supremo Tribunal Federal o aval da revanche. O intérprete, contudo, como é comum em instituições transtornadas, virou o avesso do avesso, experimentou o prazer de supliciar e detonou as barreiras da conveniência. Ou o Legislativo reage ou representará o papel que sempre coube aos judiciários durante ditaduras: acoelhar-se.

Imprensa independente, analistas, professores universitários e blogueiros: comuniquem-se com seus colegas e amigos no Brasil e no exterior, traduzam se necessário e divulguem o discurso do ministro-presidente Carlos Ayres de Britto sobre a política, presidencialismo, coalizões e tudo mais que se considerou autorizado a fazer. Divulguem. Divulguem. Se possível, imprimam e distribuam democráticamente. É a fama que merece".    

Comentário do Blog Mídia & Política sobre o texto do jornalista Wanderley Guilherme dos Santos:

O Texto de Wanderley Guilherme dos Santos é perfeito e retrata de maneira insofismável o que ocorreu na Ação Penal nº 470 com um julgamento realizado por um Tribunal Político e de Exceção. Não tenho dúvida de que esse julgamento entra para história de forma negativa, pois, o censo de Justiça e da aplicação do Direito foram barganhados por holofotes midiáticos e revanchismo político. Lamentável....!  

terça-feira, 2 de outubro de 2012